Para haver algum tipo de
comunicação há a necessidade alguém de enviar uma mensagem para outro a receber.
No entanto nem sempre nos preocupamos em averiguar se o que dissemos, isto é,
se a mensagem enviada, foi compreendida como esperávamos.
Não podemos nos esquecer de que
assim como o olhar, o ouvir envolve nossas experiências passadas no curso da
interpretação. Ao olharmos para algo, está envolvido nesse processo tudo o que
vivenciamos em nosso passado com a imagem em questão. Então, enxergamos, por
exemplo, um tom de rosa ou azul diferente de qualquer outra pessoa, devido à
nossa experiência com a referida cor.
Do mesmo modo ocorre com a nossa
audição. Tudo o que vivenciamos anteriormente em nossa existência, permeia
aquilo que ouvimos. Isto é, assim como no processo de ver, o ouvir envolve
nossa experiência passada com o tema abordado. Ou seja, disponibilizamos nossa
atenção de modo proporcional ao nosso interesse envolvido em alguma experiência
anterior. Isso faz com que escutemos, isto é, interpretemos a mensagem de um
modo particular e “único” para cada um.
Não é raro, após uma palestra, um
grupo de pessoas conversarem e descobrirem não ter ouvido algo aqui e ali.
Algumas vezes isso decorre de uma distração nossa, mas também ocorre devido ao
“como” ouvimos a mensagem.
No entanto, não estamos
habituados a “verificar” o que dissemos e, mais ainda, se o que ouvimos foi o
que nosso interlocutor quis nos dizer. Desse modo, se faz importante
exercitarmos um modo de conhecer como nossa mensagem atingiu seu alvo para que
nossos contatos se tornem mais límpidos. Pois, nos acostumamos a lamentar os
diversos mal entendidos diários em nosso contato com os outros. Mas, não nos
propomos a checar qual a mensagem realmente recebida por aquele a quem
abordamos ou mesmo a quem ouvimos.
A cada dia experimentamos
possibilidades cada vez mais elaboradas para o contato com o outro. Redes
sociais e meios tecnológicos facilitam a “proximidade”. Porém, se buscarmos um
contato de qualidade para satisfazer nossa necessidade humana de relação,
necessitaremos atentar para o modo como essa comunicação ocorre.
Se nos dispusermos a buscar maneiras
de compreender como nos comunicamos, ou seja, como ouvimos e como dizemos o que
desejamos, incorremos na possibilidade de aprimorarmos a qualidade de nossas
relações. E, por consequência, estabelecermos relações com maior qualidade,
possibilitando assim, a oportunidade de satisfazermos nossa necessidade de
trocas.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Boa tarde!
ResponderExcluirPerfeito!
Mensagem, lida, entendida e começando a colocar em prática!
Beijo
Obrigado por tudo sempre!
Fique com DEUS
Bom final de semana
Normando
Obrigada você Normando... seu retorno é sempre muito gratificante.
ExcluirUm belo final de semana pra você também.
Beijos.