26 agosto 2011

ANSIEDADE - COMO SE FAZ MESMO?


Alguém me questionou sobre qual a razão de experimentar-se a ansiedade diante de uma competição mesmo quando se conhece a própria capacitação para o sucesso da empreitada. Seria o instinto de preservação a razão para tanto “medo” de errar ou perder? E, o que se quer preservar?
Normalmente relacionamos a ansiedade a situações negativas. No entanto o valor que ela terá em nossa existência irá depender de como a enfrentamos. Então, essa angústia que experimentamos pode tornar-se um auxílio para o sucesso quando nos encontramos em situações desafiadoras. Assim dependerá do modo como valorizamos sua presença. E é Inevitável, então, a busca constante de formas para tentar minimizar os efeitos desse processo.
Nem sempre relacionamos o medo a esse sentir-se oprimido com alterações corporais como taquicardia e mesmo o tão conhecido “branco”. Com esse medo podemos nos submeter a ocasiões nas quais precisamos ter, de modo ágil, lembranças de “como se faz”.
Raramente nos fazemos perguntas como: o que nos amedronta nessa situação? Do que temos medo? E, ainda mais raramente respondemos a essas questões. Afinal, podemos ter “medo” da resposta. No entanto, se não ponderarmos quais os verdadeiros sentimentos envolvidos nas sensações que experimentamos, não seremos capazes de compreender a razão de nos comportarmos de determinados modos.
Nesse caso, uma maneira para tentar minimizar ou ter o controle sobre o grau nossa ansiedade é conhecê-la. Ao sabermos o que nos assusta diante das situações que se nos apresentam, poderemos avaliar a realidade ou não dessas razões e então lidarmos com elas de modo mais significativo.
É de suma importância compreender os significados das diversas experiências vivenciadas diariamente. Em nossa pressa nem sempre nos atentamos para esses significados, mas isso não representa serem de menor valor. Ao entendermos esses sentidos para nós, iremos depreender como amenizar seus impactos em nosso existir.
Então, consiste na busca constante do conhecimento próprio o refúgio para vivenciar as mais variadas experiências de modo mais seguro e proveitoso. Essa busca, entretanto, não representa um momento pontual em nosso viver, mas um constante movimento em prol de nosso desenvolvimento pessoal, e cabe a nós a decisão de sua continuidade.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

19 agosto 2011

NADAR CONTRA A MARÉ


Em muitas oportunidades pode-se experimentar a sensação de estar “nadando contra a maré”. Isto é, a impressão de o mundo ir e um sentido e nós em outro totalmente diferente. Isso pode ocorrer por ter-se um modo de ser extravagante, ou por ser diferente da maioria.
É comum ouvir alguém afirmar sentir-se incomodado ou mesmo prejudicado por agir diferente do que é comum. Devido a um comportamento ou sentimento diferente do praticado pela generalidade pode-se sofrer esse desconforto. Nessa ocasião é importante exercitar um conhecimento mais abrangente sobre si mesmo para não correr o risco de se perder dentre a maioria.
A cultura atual estabelece como importante sermos todos o mais iguais possível. Possuir, inclusive, objetos semelhantes. Ou seja, quanto mais formos parecidos uns com os outros, estaremos mais aptos a conviver melhor. No entanto, somos diferentes em diversas particularidades. Então como nos sentir bem sendo iguais, e não diferentes?
Cada momento de nossa história de vida constrói o que somos atualmente. Toda a experiência passada constituiu nossa construção como o ser que somos hoje. Nesse caso, o passado foi importante nesse processo. Não é necessário, contudo, viver-se voltado para esse passado. O importante é a consciência de sua importância em nosso existir atual.
Elizabeth Kübler-Ross em seu livro A Roda da Vida cita uma jovem judia a qual havia sobrevivido a um campo de concentração nazista. Ela dizia da importância em se deixar o passado para trás para ter-se paz no presente. Entretanto não esquecendo-o, apenas sem revivê-lo repetidamente para não alimentar sentimentos de ressentimento ou pesar.
Então, ao estarmos cientes da importância do passado em nossa história e de como essas experiências nos tornam singulares, é igualmente importante compreendermos serem nossas decisões e escolhas também singulares. Deste modo, o nadar contra a maré torna-se apenas a assunção de nossas particularidades, as quais nos tornam especiais. E não um ato de afronta que proporciona desconforto.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

12 agosto 2011

CULPA - TUDO POSSO


Há quem sinta-se culpado por grande parte das ocorrências ao seu redor. Por realmente existir algum envolvimento nos eventos ocorridos. Ou, pelo seu envolvimento nessas ocorrências solicitarem alguma ação, e por isso parecer que elas são de sua responsabilidade. E, por conseguinte, seu fracasso seja devido à sua decisão.
Contudo, não é raro experimentar-se essa sensação por acreditar-se ser o responsável por tudo. Algo semelhante à onipotência, isto é, alguém que crê poder tudo e de quem tudo está dependente. Porém, como distinguir entre essas situações?
Temos uma tendência a nos proteger e, do mesmo modo, nosso aparelho psíquico também tem seus meios para tal proteção. Assistimos muitas pessoas experimentarem depressões, sensações de pânico e outras inúmeras desordens emocionais muito atuais. Tais situações podem representar, em diversas ocasiões, uma proteção para nossa sanidade. E é possível “olhar” para o sentimento de culpa do mesmo modo.
Em muitas ocasiões somos impulsionados a tomar algumas atitudes para preservar o êxito de um relacionamento. Então, esse comportamento de buscar solucionar tudo por seus próprios meios pode significar o cuidado com quem se quer bem. O problema surge quando esse alguém experimenta a sobrecarga e a dor de perdas as quais nem sempre representam sua falha.
Contudo, é preciso se ater ao fato de, em alguns momentos, precisarmos rever nosso modo de ser em relação ao que concernem nossos deveres e obrigações. E o que representa apenas nosso desejo em sermos essenciais ou em preservar algum relacionamento.
Todos nós buscamos ser importantes para alguém. Constantemente procuramos formas de nos sentir plenos. Essa plenitude pode estar relacionada a um sentimento que nos prende às situações e comportamentos os quais representam um peso maior do que suportamos.
Então, ao tentarmos entender o motivo de sermos levados a determinados modos de agir, podemos encontrar, nesse caminho, formas de amenizar o peso das relações que estabelecemos. E assim sermos capazes de vivenciar momentos mais plenos e sensações mais amenas em relação ao seu significado para nós.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

05 agosto 2011

INTOLERÂNCIA


A todo o momento entramos em contato com algo que nos contraria. Seja uma opinião, postura, comportamento ou mesmo um jeito de ser. A esse aspecto podemos reagir de modo ameno e nos sentirmos desconfortáveis. Ou podemos experimentar uma reação mais forte e expressiva como a intolerância.
Essa pode ser direcionada a alguém especificamente ou a um grupo de pessoas. Pode ainda alguns aspectos de ordem pública ser o alvo de nossa intransigência. O importante é estarmos atentos a essa ocorrência, para então podermos restringir os momentos em que nos deixamos levar por nossos impulsos menos elaborados.
Ao permitirmos tornarem-se frequentes esses impulsos podemos conhecer respostas indesejadas. E também nos sentir contrariados ao estabelecermos contato com algo diferente daquilo que acreditamos ser o ideal. Quando essas respostas indesejadas tornarem-se constantes pode ocorrer de ter-se instaurado a intolerância. Nesse processo há a possibilidade de se adotar um comportamento desagradável gerador de consequências às quais não nos satisfazem. Ou ainda, nos aborrece.
Quando somos “dominados” por tal sentimento incorremos na possibilidade de adotarmos atitudes que nos levem a sensações desagradáveis. Pois, quando envolvidos pela intolerância, não elaborarmos as situações de maneira isenta de nossos julgamentos. Julgamentos estes que estão embasados em nossos valores particulares os quais podem ser inadequados para a ocasião.
Ocorre, contudo, de não nos darmos conta do quanto esse comportamento nos afeta. No entanto, ao voltarmos nossa atenção para nossos sentimentos e desconfortos, podemos encontrar ações que preferivelmente não tivessem ocorrido. Sendo assim, é essencial voltarmos nossa atenção para nossas particularidades e buscar reduzir a frequência com que nos sentimos desconfortáveis conosco e com nossas reações e impulsos.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br