03 abril 2014

EQUILÍBRIO

Em algum momento de nossa existência pode ocorrer de nos questionarmos a respeito de nossas oscilações de comportamento, sentimento, ou mesmo, humor. Não constitui uma raridade nos preocuparmos com nossa conduta em comparação ao que é esperado de alguém considerado “equilibrado”.
Ao longo de nosso dia-a-dia estamos sujeitos a diversas intempéries.  Ao conviver em grupo estamos, a todo o momento, a mercê das regras subsistentes ao convívio pacífico o qual se pode almejar. Porém, ao mesmo tempo em que somos regulados, também podemos experimentar alguma frustração relacionada ao cerceamento que tais regras proporcionam.
Sendo assim, não se pode classificar como anormal a busca de ocasiões em que possamos usufruir de alguma oportunidade de alívio do estresse, causado por uma vivência permeada de limites.
Contudo, não se pode deixar de lembrar que somos seres os quais se constituem com o convívio junto ao outro. Então, a convivência em grupo, bem como com suas regras de convívio, nos permitem desenvolver nosso potencial humano e de relações.
Entretanto, as frustrações também podem estar presentes quando nos dispomos a buscar o chamado “equilíbrio”. Isto é, um modo de ser o qual não ofereça grandes variações, de modo que os momentos de alegria e de tristeza não se sobressaiam ao ponto de nos conduzir a sentimentos os quais não sejamos capazes de omitir, de maneira “civilizada”, de nossas relações diárias e mais comuns.
Assim, se faz importante a lembrança de que a busca de uma estabilidade emocional, esbarra em nossa capacidade de compreensão das diversas situações que nos envolvem. Essas situações constituem as oportunidades as quais estamos sujeitos para fazer uso delas em nosso proveito, ou não. No entanto, é necessário mantermos em nossa lembrança que serão nossas escolhas pessoais e intransferíveis que irão nos auxiliar na busca do equilíbrio que, em algum momento de nossa existência, procuramos de modo mais acentuado.
Para isso, talvez seja necessário colocarmos em prática o  exercício da reflexão em relação aos  nossos objetivos e ao  modo como estamos lidando com as dificuldades envolvidas no processo de realização deles.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124


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