18 dezembro 2016

ÀS COMPRAS!?!?!?!?!

Nos é tão óbvio o que é certo ou errado que nos parece um total disparate quando alguém não consegue alcançar uma conclusão semelhante à nossa.
 
Na época do ano em que nos encontramos algumas pessoas perguntam-se para que tanto frenesi em torno de compras, presentes, comidas, etc.  Outros questionam se há algum sentido em tal comemoração. Outros, ainda, querem saber qual a razão da reunião familiar, quando ao longo de um ano se esteve tão distante e desinteressado uns dos outros.
Não se pode perder do horizonte que sendo seres singulares, nossas razões e justificativas também o são. É comum a pergunta se algo está ou não correto. Julgamos a assertividade dos eventos por nossos parâmetros e nem sempre nos damos conta disso. Nos é tão óbvio o que é certo ou errado que nos parece um total disparate quando alguém não consegue alcançar uma conclusão semelhante à nossa.
Somos, certamente, seres históricos, isto é, existimos em um horizonte onde a história nos envolve. E do mesmo modo nós, inseridos que estamos nesse horizonte, a envolvemos também. Então, cada um de nós possuindo uma maneira singular de se relacionar com essa história, constrói, do mesmo modo, o seu próprio horizonte histórico.
Sendo assim, a resposta para tantas perguntas, questionamentos, críticas e defesas neste período, pode se assentar no fato de que há, para cada um em particular, um significado diferente, específico e individual. E, talvez, diante da necessidade de continuarmos vivendo na partilha do tempo e do espaço em que nos encontramos, possa se fazer necessário o exercício do respeito às individualidades.
Uma maneira de se colocar em prática esse exercício, pode consistir em tentarmos compreender nossas próprias razões e justificativas para nossas próprias respostas para essas perguntas. Pois ao iniciarmos uma reflexão a respeito de nós mesmos, inevitavelmente, estaremos refletindo sobre aqueles que coabitam o mesmo espaço e tempo que nós neste aqui e agora.
Desse modo, poderemos atinar o significado, para cada um em sua singularidade, do que representa essa época do ano, em que o frenesi se faz presente e, assim, algumas pessoas sentem-se mais ou menos excitadas, emotivas, animadas, desinteressadas, etc.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124


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