20 abril 2018

SENTINDO AS ESCOLHAS


No transcorrer do crescimento e desenvolvimento pessoal, nem sempre nos atentamos para o fato de que o sentir é parte importante de todo o processo envolvido em nosso progresso.


A cada novo dia é possível afirmar estarmos adiante no que concerne o desenvolvimento intelectual de modo geral. Novas descobertas, novas formas de analisar, medir e “provar” diversos fatos e situações tornaram-se algo trivial em nosso dia-a-dia. Compartilhamos a satisfação com o progresso de nosso desenvolvimento como um todo. No entanto, em alguns momentos, podemos experimentar certa consternação em relação aos sentimentos.
Não é incomum presenciarmos, de modo mais próximo ao nosso convívio, ou não, alguém em pleno exercício do que parece ser uma batalha contra sensações e sintomas dos mais variados tipos. Com um olhar um pouco mais atento, podemos ser capazes de detectar, quase que em sua generalidade, algum traço de ansiedade, depressão ou medo subentendido nessas sensações e sintomas. Isto é, características facilmente localizadas nas diversas síndromes e transtornos muito comuns na atualidade.
Em uma breve reflexão podemos concluir viver num momento em que essas situações tornaram-se rotina e, sermos, desse modo, induzidos a crer que tal rotina representa algo o qual precisamos aprender a conviver, por tratar-se de um fato inevitável. Contudo, essa conclusão pode não significar a totalidade do processo. Se nos permitirmos um olhar um pouco mais cuidadoso, talvez possamos detectar uma carência no quesito sentimento.
No transcorrer do crescimento e desenvolvimento pessoal, nem sempre nos atentamos para o fato de que o sentir é parte importante de todo o processo envolvido em nosso progresso. Cuidamos de modo peculiar do aprimoramento de nossa intelectualidade, praticidade e racionalidade. E, em muitas ocasiões, relegamos a um plano demasiadamente secundário nossos sentimentos.
Porém, tal atitude não se manifesta de modo isento. Isto é, a escolha em não “cuidar” de nossos sentimentos apresenta consequências as quais podemos não levar em conta no momento em que decidimos não assumir riscos envolvidos nessas decisões.
Então, é de suma importância, vez ou outra, “olharmos” de modo consciente para nossas escolhas, porque elas constituem no processo de nossa liberdade. Mas, não podemos nos permitir descartar de modo “definitivo” que as consequências são inevitáveis. Mesmo quando optamos por não olhar para o que se apresenta a nós como algo gerador de algum desconforto de qualquer tipo.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

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