10 agosto 2012

SONHOS - COMO SONHAR?


Sonhamos com os mais variados tipos de situações. Desde um pequeno objeto o qual desejamos até uma condição pessoal mais específica. Em nosso dia-a-dia nos acostumamos a ouvir aqui e ali alguma referência à necessidade de termos cuidado com o que sonhamos para não nos frustrarmos.
Contudo, como controlar o nosso desejo mais fervoroso? De qual modo podemos estabelecer um limite entre o que queremos e o que podemos querer? Certo alguém comentava a sua tranquilidade em relação aos seus sonhos por terem sido eles todos realizados. Daí surge uma pergunta: esse alguém teve todos os seus sonhos realizados, ou sonhou sonhos passíveis de serem concretizados? Como delimitar a diferença entre eles?
Nas solicitações diárias as quais estamos todos submetidos é comum não encontrarmos tempo disponível para reflexões que nos conduzam a um conhecimento pessoal mais apurado. Isto faz com que tomemos nossas decisões, sem avaliarmos com maior afinco os prós e os contras envolvidos nelas.
Ao não sermos conscientes de nosso potencial bem como de nossos limites incorremos em uma grande possibilidade de “errarmos” na escolha de nossos sonhos. Escolha, porque como afirmou o filósofo Jean Paul-Sartre, somos condenados a escolher, pois o fazemos a todo o momento. Inclusive quando nos iludimos com a ideia de termos deixado de escolher, segundo o filósofo, o fizemos. Isto é, ao não escolhermos fizemos a escolha por essa opção.
Então, diante de tal “condenação”, por sermos obrigados a lidar com as consequências das escolhas feitas, ao procedermos a uma análise a respeito de quem e como somos, nos tornamos mais aptos a “controlar” nossos sonhos. Ou seja, proporcionamos a nós mesmos a possibilidade de avaliar o que desejamos, bem como considerar as possibilidades desses desejos concretizarem-se ou não.
Diante disso, assumimos uma posição singular na atualidade.  Descartamos o devaneio como um capricho da imaginação, para, privilegiarmos o sonho, isto é, uma ideia a qual nos domina e que perseguimos com paixão e interesse.
Sendo assim, ao nos propormos ao conhecimento pormenorizado de nossas paixões e interesses, podemos estabelecer uma relação mais acolhedora com aquilo desejado. E, assim, sonharmos sonhos passíveis de serem concretizados com maior frequência. Estabelecendo, desse modo, uma correlação de satisfação mais frequente em nosso existir.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

7 comentários:

  1. Sonhemos, sonhos passiveis, e, como é sonho, vamos sonhar!
    Obrigado sempre!
    Fique com DEUS

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  2. Obrigada Normando...
    É sempre muito bom ler seus comentários.
    Abraços.

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  3. Olá Márcia,

    Parabéns pelo texto, pelo olhar de discernimento sobre os nossos sonhos que são, penso eu, valiosos nutrientes da alma.

    Abraço,


    Lidia
    Comentário enviado pro e-mail pela Professora Lídia.

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  4. Os sonhos encurtam a distancia entre a filosofia e vida como ela é, nosso cotidiano ganha uma lógica não tão rígida nem tão permeável, mas dá pra entender que através dos sonhos quero desejar meus desejos e o desejo de muitos... bjs maria

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  5. os sonhos são ótimos, aquilo que não podemos ter é preenchido pelo sonho, até coisas impossiveis como voar

    Abraço Marcia

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