10 maio 2013

ATITUDES E OBJETIVOS


Explicamos nossas atitudes a partir dos nossos objetivos na ocasião. Mas, será que isso é o suficiente para nos sentirmos tranquilos com nossas decisões? É comum nos questionarmos a respeito da assertividade ou não de alguma atitude nossa. Buscamos, em vários “lugares”, referências para corroborarem nossas escolhas. Contudo, nem sempre esse comportamento é o suficiente para amenizar nossa insegurança em relação a certeza de que a opção feita por nós foi a “correta”.
Experimentamos, em um quinhão maior do que desejamos, a dúvida se optamos pelo melhor. Nos amedrontamos diante da possibilidade de errarmos e procedemos como se todos os nossos erros fossem terminais e irremediáveis. Jean Piaget, epistemólogo suíço considerado um dos maiores pensadores do século XX, afirmou ser de grande importância nossos erros, porque constituem uma das melhores formas de aprendizado. Segundo o pensador, ao errarmos ampliamos nossa capacidade em reter a “lição” e desse modo sedimenta-se com mais eficiência o aprendizado.
Sendo assim, torna-se contraproducente considerarmos nossos erros como algo que devemos apagar de nossa lembrança.  De modo oposto, se fizermos uso de considerações minuciosas relacionadas ao ocorrido, ampliamos nossas possibilidades de nos desenvolvermos a partir do vivenciado, mesmo se o “erro” constituir de algo que, em um primeiro momento, optamos por esquecer.
Analisar nossas atitudes e seus objetivos antecedentes representa um comportamento ao menos salutar, se desejamos proceder nosso desenvolvimento pessoal de modo a ampliarmos os momentos em que experimentamos a sensação de conquista. Martin Heidegger, filósofo, afirma que nossa liberdade está na capacidade de ampliarmos nossas possibilidades.
Inicialmente pode-se julgar que as opções consistem em algo além de nosso alcance. No entanto, se refletirmos acerca de nossas atitudes e objetivos, poderemos considerar os percalços existentes em nossos trajetos percorridos como representantes de uma oportunidade de aprimorarmos de modo mais eficiente nossas habilidades. Poderemos, também, estabelecer um modo de agir voltado para o desenvolvimento em detrimento de nos martirizarmos quando experimentamos um resultado diferente do planejado por nós.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

2 comentários:

  1. Eita, Mestra. Preciso como sempre. Angulando os erros contornamos, retornamos e preparamos melhor a caminhada.
    Saudade
    Abraço
    Fique com DEUS
    Normando Celestino

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    Respostas
    1. Que bom que gostou Normando!!
      Obrigada pelo carinho de sempre!
      Abraço.
      Márcia.

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