07 março 2014

AUTOCONHECIMENTO

É comum falar-se da importância em nos conhecermos. Porém, qual a razão de tal afirmativa? O que poderíamos perder ao nos neguemos a um conhecimento aprofundado sobre nós mesmos? Por que, muitas vezes, damos preferência ao desconhecimento em detrimento da oportunidade de nos apoderamos do conhecimento?
Numa rápida reflexão podemos nos direcionar a um acomodamento. Heidegger afirma que nos apoiamos na rotina. E, segundo o filósofo, tal atitude nos coloca em situação de conforto e relativa tranquilidade. Contudo tal comportamento tem um preço.
Sempre podemos optar pela “ignorância” a respeito de qualquer tema ou assunto. No entanto, estaremos sempre sob a hipótese de sermos abordados sobre esse tema ou assunto e desconhecermos seu conteúdo. Somos livres para escolher, mas somos obrigados a lidar com as consequências das escolhas as quais fazemos.
Em muitas ocasiões pode ocorrer de um longo período de tempo transcorrer, sem que vislumbremos as consequências advindas de alguma decisão tomada por nós. Entretanto, pode ocorrer de experimentarmos tal sensação, devido ao fato de nos recusarmos a manter contato com elas durante um longo período de tempo. Desse modo, podemos assumir a inexistência de qualquer consequência “indesejada”.
Contudo, em algum momento de nosso existir poderemos experimentar algum tipo de sofrimento o qual se relacione com a atitude “deixada de lado” por nossa memória, ou mesmo por nosso desejo em nos acomodarmos numa rotina satisfatória.
Definitivamente, podemos ter tal atitude. Porém, precisamos estar conscientes de que esse modo de agir pode nos conduzir a um ponto em nossas relações as quais podem exigir de nós algo mais do que queremos disponibilizar.
Então, se desejarmos uma existência na qual o tempo não se transforme em nosso inimigo, podemos dar início a um processo, no qual o autoconhecimento a respeito de nossas particularidades mais obscuras façam parte de nossa rotina.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124


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