06 junho 2014

MELHOR?!

Em algum momento podemos ser levados a rever atitudes, decisões ou escolhas das quais nem sempre nos sentimos seguros que tenham ocorrido da melhor forma possível. Nessa ocasião corremos o risco de experimentar sensações relativas ao descontentamento, ou mesmo à dúvida. Então, uma questão pode emergir: Nossa escolha foi a melhor?
Não é incomum desacreditarmos em nós e considerarmos que poderíamos agir de modo diferente diante de situações as quais já se realizaram, isto é, que pertencem ao nosso passado. Heidegger, filósofo, afirma estar na perda do foco no momento presente a possibilidade de adoecimento. Ou seja, quando nos fixamos em um fato ocorrido, ou que está por vir, nos colocamos em uma posição que não nos permite uma atitude a contento. Desse modo, a doença de qualquer sorte pode se instalar.
Ocorre, muitas vezes, uma sensação de desconforto quando atentamos para o que já realizamos, ou seja, para o caminho que percorremos. Em diversas ocasiões podemos nos sentir devedores de nós mesmos. Como se não tivéssemos usufruído das oportunidades da melhor maneira disponível. Nesse momento, o mais importante a considerar é que ao menos a possibilidade de continuar permanece acessível.
Assim, pode-se ir a direções as quais não constituem as mesmas do passado. Ou ainda, oferecer um olhar diferente do disponibilizado na ocasião e, com isso, proporcionar significações diferentes das anteriores. Ao procedermos dessa maneira, assumimos a posição de protagonistas de nossa história e, com disso caberá a nós abarcar elementos novos a ela.
Então, ao olharmos para nossa história passada, ou para a que está por vir, poderemos nos amedrontar diante do que pode ocorrer, ou nos entristecermos com o que já se foi. Porém, se nos permitirmos compreender que nos desenvolvemos o tempo todo, poderemos assumir uma posição na qual oferecemos o nosso melhor a cada nova oportunidade disponível. E, portanto, concedermos a nós mesmos a ocasião de continuar.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124



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