08 abril 2016

MORTE – FIM OU INÍCIO?

Temos contato com a morte em diversos momentos em nosso dia-a-dia. Precisamos, então, exercitar maneiras mais amenas para nesse processo, quando os sentimentos se apresentarem, serem aceitos.

Sempre ao ouvir-se a palavra morte experimentamos algumas sensações. Afinal, é difícil ser indiferente a ela. Podemos sentir medo, tristeza, desespero, satisfação ou, até mesmo, alívio. Mas quais tipos de morte existe? O que é a morte? Morre-se somente quando uma vida finda ou há outros tipos de morte a se pensar?
Ao concluirmos algo que havíamos nos comprometido e compararmos esse concluir com a morte, poderemos amenizar os efeitos que tal palavra tem sobre nós. Teremos, assim, a oportunidade de um olhar diferente para tudo o que iniciamos e terminamos. Isto é, compreendermos de um modo diferente os diversos ciclos com os quais nos envolvemos.
No processo de se lidar com a perda de algo querido experimentamos muitos sentimentos. Porém, se exercitarmos a compreensão dessa perda como parte de um ciclo no qual estamos imersos, poderemos ser capazes de avaliar mais claramente o que está realmente ocorrendo.
Temos fases “definidas” em nosso processo de crescimento: infância, puberdade, juventude, vida adulta e velhice. Ao início de cada nova fase a antiga precisa ser “enterrada”. A criança precisa deixar de existir de maneira plena para o adolescente tomar forma. O adolescente precisa ocultar-se para o jovem assumir seu papel e fazer suas escolhas. O jovem tem necessidade de abandonar o palco para o adulto assumir suas responsabilidades e organizar sua vida de modo a ser capaz de desfrutar suas conquistas.
Da mesma forma nosso crescimento tem fases. Se procurarmos fazer uma analogia encontraremos em tudo o que fazemos um processo semelhante. Ao engendrarmos uma nova empreitada temos um momento no qual iniciamos contato com informações novas. Depois amadurecemos tais informações para então elas tomarem forma e poderem assumir seu papel diante daquilo que decidimos. Entretanto, ao deliberar por algo sempre deixamos para traz outra opção que então “morre”. Pois, ao fazermos uma escolha algo precisou ser renunciado.
Temos contato com a morte em diversos momentos em nosso dia-a-dia. Precisamos, então, exercitar maneiras mais amenas para nesse processo, quando os sentimentos se apresentarem, serem aceitos. Desse modo, poderem ser compreendidos e utilizados em prol de nossa aprendizagem para lidar com temas, a princípio, causadores de algum desconforto.
Com tal exercício podemos reunir um verdadeiro arsenal para nos envolvermos com as mais diversas situações e nos sentirmos aptos a enfrentar os mais variados tipos de desafios.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com

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