10 agosto 2018

APRISIONAMENTOS


Ao permitirmos que nossos “sonhos” sejam planejados, estes assumem contornos de realidade à medida em que direcionamos nossa energia para tal intento.


Há várias formas pelas quais podemos estar aprisionados. Nossa prisão pode constituir em um lugar onde estamos “confinados”, ou pode ocorrer de este “lugar” representar apenas uma condição emocional na qual nos encontramos.
Esta condição pode estar pautada em algum tipo de relacionamento estabelecido com alguém ou conosco. O importante é nos permitirmos voltar nossa atenção para tal fato e, deste modo, instituirmos maneiras pelas quais nos habilitamos a possibilitar a mudança de tal situação.
No entanto, uma mudança solicita de nós a conscientização de como estamos atualmente. Isto é, para sermos capazes de um movimento em uma direção diferente da habitual, precisamos nos posicionar de um modo a nos permitirmos o conhecimento acerca do que se apresenta com a possibilidade ou necessidade de mudar.
É comum inibirmos tal processo com justificativas variadas. E que, em sua maioria, constituem apenas em justificativas, as quais dissimulam nossas inseguranças e receios em relação à iniciativa necessária para encetarmos a trajetória rumo a um desenvolvimento, o qual nem sempre estamos propensos.
Contudo, ao nos rendermos às inseguranças experimentadas quando nos deparamos com a possibilidade do novo, procedemos como nossos próprios algozes e nos aprisionamos em situações as quais podem cercear nosso potencial.
Uma existência plena de realizações e satisfações não encontra contradições, quando lhe é disponibilizada situações que vislumbram uma condição para que a realize. Ou seja, ao permitirmos que nossos “sonhos” sejam planejados, estes assumem contornos de realidade à medida em que direcionamos nossa energia para tal intento. Desse modo, iniciamos um processo no qual as amarras que nos aprisionam começam a se desfazer.
Entretanto, para alcançarmos tal estado é necessário delimitarmos os limites com os quais nos deparamos e, ciente deles, exercitarmos a sua flexibilização. Para, assim, assumirmos o domínio sobre as adversidades com as quais somos levados a lidar diariamente e que nos conduzem a um modo de agir que pode nos “aprisionar”.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

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