11 maio 2020

CRISE


“A crise proporciona uma “parada” no ritmo de vida que levamos e, desse modo, uma possibilidade de olharmos para esse ritmo de modo a avaliar sensações e consequências de um modo diverso do habitual.”


Em meio a uma crise temos, a priori, ao menos duas possibilidades: serenidade ou desespero. 
Se nos depararmos com o desespero podemos experimentar reações as mais diversas como ansiedade, medo, intranquilidade, tristeza, insônia, dores diversas devido à tensões, entre outras.
Se experimentamos a serenidade, disponibiliza-se então, um rol diferente de possibilidades. Ao nos oferecermos tal alternativa estamos, segundo o filósofo Heidegger, nos proporcionando o que ele chama de liberdade.
No desespero diversas sensações advêm, sejam elas psíquicas e/ou físicas. Ppodem ser pensamentos conflitantes e ansiosos em busca de um controle do futuro que não se tem garantias. Ou ainda dores devido a noites de sono inconstantes e agitadas que proporcionam cansaços e, por conseguinte, dificuldades em organizar os próprios pensamentos. Essas situações podem nos colocar em um ciclo difícil de abandonarmos sem ajuda adequada.
Na serenidade, ao ampliar nosso rol de possibilidades nos deparamos com alternativas, muitas vezes, antes não percebidas.
A crise proporciona uma “parada” no ritmo de vida que levamos e, desse modo, uma possibilidade de olharmos para esse ritmo de modo a avaliar sensações e consequências de um modo diverso do habitual.
Um lema em uma rede de supermercados chamou minha atenção: Problemas não existem, o que há são oportunidades. Isto é, diante de alguma dificuldade podemos agir como se houvesse um problema ou como se houvesse uma possibilidade de mudança, de aprendizado, etc.
Na crise podemos nos comportar de modo semelhante buscando compreensões diferentes das anteriores a ela e, assim, nos colocarmos em posição de crescimento seja, intelectual e/ou moral.
Muitas vezes essa atitude se mostra imensamente difícil para nossa realidade. Talvez esse seja um momento de busca de ajuda especializada que se disponha a um olhar “distanciado” da realidade vivida e explicitada, para que percepções diferentes do habitual seja disponibilizada e, desse modo, “soluções” antes não aventadas possam se apresentar como alternativas. Possibilitando, então, uma vivência mais serena diante da crise e suas alternativas.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
CRP: 06-95124
Email: marciabcavalieri@hotmail.com

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