05 setembro 2017

VORAZ!! QUEM??


Em nosso existir podemos experimentar situações nas quais nos permitimos acreditar terem sido, elas, astuciosamente planejadas para nos frustrar e nos conduzir, assim, a uma situação de revolta

Não raro ocorre de nos sentirmos prejudicados ou experimentarmos a sensação de que o mundo nos negou algo. Nesse momento, se formos capazes de atentarmos para nosso proceder e darmos curso a uma pequena análise, incorreremos na possibilidade de localizarmos em nós mesmos uma das fontes de nosso mal-estar. No entanto, nem sempre estamos aptos a essa conduta.
Em nosso existir podemos experimentar situações nas quais nos permitimos acreditar terem sido, elas, astuciosamente planejadas para nos frustrar e nos conduzir, assim, a uma situação de revolta. Nesse caso, nos identificamos como alguém sofredor submetido a injustiças.
Melanie Klein, psicanalista, em seu livro “Inveja e Gratidão” define voracidade como uma ânsia impetuosa e insaciável. Nela o indivíduo, voraz, excederia o necessário, desejando além do que quem oferta pode ou está propenso a disponibilizar para nós. Podemos, então, a partir dessa definição, compreender sermos capazes de criar significado para o limite alheio como uma recusa em satisfazer nosso desejo, mesmo que ele seja permeado do excesso para aquele a quem direcionamos nossa “voracidade”.
Então, podemos nos identificar como vítimas numa ocasião em que isso não represente, necessariamente, uma realidade e procedermos em uma compreensão distorcida do limite do outro. Desse modo, entendendo o comportamento deste outro como sendo uma lesão que nos proporciona algum prejuízo.
Em algumas ocasiões pode ocorrer de amenizarmos nossos feitos reprimíveis e abrandarmos nossos comportamentos desagradáveis bem como ampliarmos nossa posição de sofredores. Porém, ao fazer uma reflexão, é possível o contato com os fatos ocorridos de modo mais claro. Assim, torna-se possível avaliar o todo de um modo límpido, para suceder a apropriação de informações mais plausíveis concernentes ao ocorrido.
Ao nos permitirmos tal comportamento, damos lugar ao exercício pleno de nossa liberdade, como difundida pelos filósofos Martin Heidegger e Jean Paul-Sartre, a qual nos permite ampliarmos nossas possibilidades e escolhermos dentre elas a que julgamos mais satisfatória aos nossos propósitos.
No entanto, nem sempre estamos dispostos em um investimento dessa magnitude e podemos optar por permanecermos vorazes. Mas, é importante a consciência da total liberdade de escolha que possuímos e da conseguinte condenação vinculada a ela: suas consequências. As quais somos impelidos sempre que optamos por algo.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124



18 agosto 2017

PARADOXO DO NOVO

Movimento, a princípio, indica algo que todos desejamos, mas nem sempre estamos dispostos a alcançá-lo.
  
É comum nos assustarmos com o novo. Historicamente temos diversas referências, especialmente entre os filósofos como Giordano Bruno, Galileu Galilei e Sócrates. Seus discursos assustaram porque inovaram. Sugeriram pensamentos e comportamentos diferentes aos do costume da época.
Se procurarmos poderemos encontrar muitos outros nomes, mas o importante neste momento é refletirmos sobre a angústia que acompanha o que representa algo novo em nossa existência. Sempre que alguma idéia nova surge temos um primeiro impulso de repudiá-la, pois nos convida a mudanças e essas ocasionam desconforto.
Ao atentarmos para o novo nos colocamos em uma situação de fragilidade devido ao fato de o conhecido confortar, proporcionar segurança e confiança. Então, é comum presenciarmos situações de medo quando uma criança é levada pela primeira vez a uma escola onde, mesmo na companhia de outras crianças, sente-se desamparada e assustada. Além das questões emocionais envolvidas, que não é nosso objetivo no momento, a situação do novo sempre desequilibra de algum modo.
Nos desequilibramos o tempo todo se intentamos nos movimentar. Ao trocar um passo experimentamos a perda do equilíbrio momentaneamente, para retomá-lo rapidamente e assim por diante. Mesmo, se desejarmos um simples caminhar, apesar de termos a opção de permanecermos no mesmo lugar, estanques. Da mesma forma agimos em outros âmbitos. Para experimentarmos algo novo necessitamos sair do equilíbrio no qual nos encontramos e então, conhecermos o movimento que o novo convida.
Movimento, a princípio, indica algo que todos desejamos, mas nem sempre estamos dispostos a alcançá-lo. Se tomarmos como exemplo algo bem simples, como um exercício físico que protelamos ou deixamos para outra oportunidade, poderemos perceber o quanto damos preferência ao conforto no qual nos encontramos, em oposição ao movimento que afirmamos ser nosso propósito.
Porém, em alguns momentos de nossa existência precisamos tomar decisões que envolvem algo novo. E se nos prepararmos para lidar com esse novo que se apresenta, teremos maiores chances de escolhas que nos ofereçam alternativas inesperadas para situações que podemos, inclusive, estar familiarizados, mas que sob outro ponto de vista torna-se surpreendente.
Angústia diante do novo é algo que permeia o nosso existir. No entanto, buscar maneiras de suavizar esse sentimento, de modo a sermos capazes de nos arriscarmos em situações que possam nos surpreender é uma decisão que pode auxiliar em nosso movimento em prol de novas conquistas.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

Email: marciabcavalieri@hotmail.com

01 agosto 2017

VIVENDO A LIBERDADE!!

É de suma importância a satisfação consigo mesmo. Contudo, se faz ainda mais essencial a ciência de quem somos e do que tem real valor para nós.

Atualmente há uma movimentação quase generalizada em prol da aparência com demasiadas regras e padrões. O despertar de preocupações com peso, constituição de pele, cabelo, vestimentas, entre outros.  Contudo, em meio a esse rol de aspectos pode ser deixado de lado um importante fator referente a aparência: o olhar.
O olhar é permeado de significados. Ou seja, algo assume determinada qualidade, mais ou menos agradável, de acordo com sua representação para nós. Isso ocorre até mesmo com as tonalidades das cores que não constituem as mesmas para todos. Sendo assim, não se pode abandonar a ideia de que na busca de uma aparência a qual harmonize com nossas expectativas, é necessário atentarmos para a representatividade dela para nós ou para outrem.
Não é raro alguém insatisfeito com sua própria aparência buscar amparo na opinião alheia. Contudo, em muitas ocasiões, ocorre de predominar uma insatisfação pessoal um pouco além do próprio aspecto. Na busca de uma aparência “perfeita” nos esquecemos de cuidar de nossa essência e de buscarmos distinguir o que queremos.
Em muitas ocasiões somos envolvidos no “fluxo” no qual estamos imersos. E, diante de nossa rotina atribulada e de nossas necessidades pessoais, relegamos a um segundo plano o cuidado com quem somos e quem desejamos ser. Nos tornamos nossos piores algozes, avaliando, julgando e condenando a nós mesmos à parte de um critério mais “justo”. Proporcionamos, desse modo, um sofrimento, muitas vezes, dependente de nós para ser mitigado.
É de suma importância a satisfação consigo mesmo. Contudo, se faz ainda mais essencial a ciência de quem somos e do que tem real valor para nós. O que nos traz satisfação e até que ponto se faz necessário mudarmos ou não.
Toda mudança demanda iniciativa e empenho. Porém, envolve também a capacidade em suportar o abalo que ela traz consigo. No momento em que optamos por mudar algo em nós é necessário estarmos cientes de que ocorrerá um grande movimento ao nosso redor. Isto é, nosso deslocamento acarretará, no mínimo, estranhamento àqueles partícipes do nosso convívio.
Sendo assim, se faz essencial o cuidado com quem desejamos ser. Para, munidos do conhecimento de nossos desejos em relação a nós, possamos acionar os mecanismos necessários para a obtenção de nossa busca.
Por isso, se torna indispensável um olhar cuidadoso e atento para nossas particularidades e para quem somos. E, assim, nos habilitaremos a escolher a direção a qual desejamos seguir em prol do que designamos como importante para nós.
A noção de que quem somos e como somos está diretamente relacionada com quem desejamos ser e como expressamos quem somos. Dessa forma, quando nos dispomos a fazer uso de mecanismos os quais nos permitam nos conhecermos, nos tornamos, por conseguinte, um pouco mais libertos das amarras que as demandas as quais envolvem regras e padrões nos aprisionam.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124




10 julho 2017

IMPOSSÍVEL OU APENAS DIFÍCIL?

O fato de o possível não constituir algo fácil, isso pode nos afugentar e levar uma avaliação, aparentemente, mais sensata e segura, a optar pela impossibilidade ao invés da dificuldade.


É comum afirmações a respeito da impossibilidade de algumas coisas serem concretizadas. No entanto, nem sempre é levada em conta a efetividade de tal afirmação. Em muitas ocasiões ocorre de considerar-se impossível o que “apenas” é muito difícil. Porém, a dificuldade por mais extrema que seja não denota, necessariamente, impossibilidade.
O que ocorre, na maioria dos casos, é o fato de o possível não constituir algo fácil. Isso pode nos afugentar e levar uma avaliação, aparentemente, mais sensata e segura, a optar pela impossibilidade ao invés da dificuldade.
Quando decidirmos poder investir naquilo que desejamos significa, também, que precisaremos investir no esforço, dedicação e disciplina para alcançar o objetivo escolhido. E não apenas nossa decisão para consegui-lo. Seja nosso desejo algo que queremos ou a solução de um problema no qual estamos envolvidos.
As soluções fáceis são atraentes, mas nem sempre garantem tranquilidade e satisfação.  As solicitações do dia-a-dia podem nos levar a deixar de lado esforços necessários à nossa satisfação, ao considerar impossível o que exigiria de nós um investimento pessoal maior do que incialmente planejado.
Em uma sociedade de consumo como a atual há um incentivo implícito para a busca de soluções rápidas e práticas em vista de satisfações instantâneas, porém, passageiras, como destaca o sociólogo Zygmunt Bauman em seu livro Globalização. Em contrapartida, uma questão que surge é: diante de tantas alterações psíquicas e emocionais vivenciadas atualmente por um número cada vez maior de pessoas, será a forma proposta pela contemporaneidade a mais adequada em se lidar com nossos desejos?
Estabelecemos metas e sonhamos com os melhores cenários. Isso representa nosso potencial de desejo. Contudo, a nossa parcela de esforço real em prol dele precisa ser efetiva para haver, ao menos, a possibilidade de se alcançar tal meta.
Podemos ainda delegar a outrem o encargo de “providenciar” a solução de nosso problema. E encontraremos, assim, alguém a quem responsabilizar se nossa satisfação não for plena. Dessa forma poderemos agir de “má fé” como salienta o filósofo Jean-Paul Sartre e nos iludirmos em relação a nossa isenção na participação do resultado obtido.
Contudo, diante de tantas lamentações e frustrações, será que não nos cabe uma decisão mais firme em relação a avaliação sobre o que constitui impossibilidade e dificuldade? Se refinarmos nossos juízos a respeito das variadas situações as quais nos encontramos envolvidos diariamente, poderemos, quiçá, tornar nossos atos e decisões mais efetivos em prol de nós mesmos.
Isso é impossível... Ou apenas... Difícil?

 Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com

09 junho 2017

DESAFIOS DA VIDA

Seja nosso problema relacionado a nós mesmos ou a outrem, não há apenas uma perspectiva envolvida nele. Ou seja, precisamos nos permitir ampliar nosso olhar para a situação em questão.


Ao nos depararmos com algum tipo de limitação relacionado a algo que era muito desejado ou costumávamos ter, podemos nos sentir no mínimo tolhidos. Tal sentimento pode conduzir, se nos permitirmos, a diversas reflexões. Todavia, é comum experimentarmos a dor ao sermos contrariados de algum modo.
Elisabeth Kübler-Ross, em seu livro “A roda da vida”, afirma ser a vida um desafio e não uma tragédia. Isto é, ao nos depararmos com alguma contrariedade temos ocasião de nos posicionarmos como estando diante de um desafio, no qual podemos nos movimentar em prol da busca de solução. Ou, podemos nos colocar como vítimas, e aguardar o surgimento de uma solução para nosso sofrimento.
Seja nosso problema relacionado a nós mesmos ou a outrem, não há apenas uma perspectiva envolvida nele. Ou seja, precisamos nos permitir ampliar nosso olhar para a situação em questão, para nos apropriarmos do maior número possível de alternativas. O filósofo Heidegger assevera sermos tão livres quanto somos capazes de vislumbrar nosso rol de possibilidades.
Portanto, ao questionarmos algo em que estamos envolvidos, seja ele perturbador ou não, ocasionaremos a possibilidade de alcançar o que não imaginávamos a princípio. E tal atitude pode culminar no movimento necessário à solução do problema em questão.
Dando início a esse processo oferecemos a nós a oportunidade do desafio ao invés de vivenciar a tragédia. Tendo em vista a tragédia possibilitar com maior facilidade o desespero, ela pode obscurecer nosso julgamento relacionado à situação vivida. Confundindo-nos, desse modo, no tangente à obtenção da solução da mesma.
No entanto, a iniciativa em ampliar esse “olhar” envolve uma decisão em favor de nós mesmos, a qual nem sempre estamos preparados. Pois, no momento em que nos deparamos com um obstáculo para a realização de algo com o qual sentimos algum tipo de prazer, também somos submetidos à sensação de perda e de dor que ele ocasiona.
Nesse caso, se pudermos contar com o amparo de alguém para essa empreitada será de salutar importância. Infelizmente nem sempre isso é possível. Então, cabe a nós a iniciativa em prol de nós mesmos e do restabelecimento do nosso bem-estar, acionando dispositivos os quais nos permitam acessar nossas reais limitações para, então, visualizarmos as possibilidades existentes.
Pode ser que a primeira atitude necessária seja o reconhecimento de nossas dores e das limitações que elas nos causam.  Para, dessa maneira, nos posicionarmos independentes ou não para a solução do que estamos vivenciando. Tal comportamento tem a possibilidade de representar nossa libertação das amarras as quais perpetuam nosso sofrimento que pode ser sanado ou, ao menos, minimizado substancialmente.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

22 maio 2017

ATÉ QUANDO PERSISTIR?

Usualmente buscamos desfechos plenos e completos que nos deixam a agradável sensação de satisfação. Entretanto, nem sempre ocorre desse modo

Em nosso dia-a-dia experimentamos situações as mais variadas. No entanto, raramente obtemos soluções satisfatórias para todas elas. Uma questão importante nesse caso é o que fazer quando algo nos perturbar a ponto de não conseguirmos nos tranquilizar.
Uma alternativa comumente sugerida é esquecer o assunto por um período de tempo. Mas até qual ponto se é capaz disso? Não é raro, também, tentarmos “adivinhar” o que está ocorrendo a respeito do problema, especialmente quando não temos acesso sobre todas as suas informações. Por isso podemos experimentar certa dose de ansiedade. Nesse caso nos caberão poucas opções. Entre elas a da resignação diante de nossos limites, ou a persistência.
É comum as afirmações a respeito da persistência - e sua nobreza - e da teimosia que pode beirar a estupidez. Como nos posicionarmos de modo a não desistirmos de algo sem nos envolvermos em uma disfarçada persistência a qual nos faz, na realidade, teimosos?
Usualmente buscamos desfechos plenos e completos que nos deixam a agradável sensação de satisfação. Entretanto, nem sempre ocorre desse modo. Em muitas ocasiões a frustração com a conclusão obtida é inevitável. Assim, podemos nos sentir descrentes da possibilidade de superação da decepção experimentada.
Então, diante do limite vivenciado por nós em relação à obtenção de informações completas, necessitamos exercitar nossa capacidade de aceitação desses limites. Entretanto, tal atitude não constitui um processo simples, pois exige de nós a perseverança na decisão de buscarmos nosso equilíbrio diante de tais limitações.
O limiar entre persistência e teimosia pode tornar-se obscurecido quando estamos envolvidos emocionalmente com determinado fato. Nesse caso, talvez a melhor forma de lidarmos com isso seja nos proporcionar uma pausa, para refletir a respeito do que ocorre e do que desejamos e, só então, munidos das alternativas existentes é que poderemos decidir qual a melhor forma de nos posicionarmos.
Em muitos casos, tal atitude pode ser colocada em prática em nosso íntimo apenas por nós mesmos. Em outros podemos também contar com o amparo de alguém que nos ajude a “olhar” para os fatos com maior clareza e de modo mais isento de emoções. Para, assim, sermos mais aptos ao discernimento entre persistência e teimosia.

 Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

03 maio 2017

NOSSOS ERROS

Vivemos em relação ao tempo e sua representação varia para cada um de nós bem como para cada momento vivido por nós.


Talvez uma tarefa das mais difíceis seja a de perdoar. Há quem experimente extrema dificuldade em desculpar, inclusive, os próprios erros. Ou ainda, quem não seja capaz de suportar uma falta cometida contra si por outrem. Importante nesses momentos pode ser uma reflexão a respeito do significado do erro, bem como o que representa desculpá-lo.
Nas muitas ocasiões em que conseguimos perdoar podemos, ainda, experimentar algum tipo de desconforto. Alimentamos a ideia de que o perdoar nos permite esquecermos de todo o ocorrido. Porém, desprezamos que além da dor há um significado para o acontecido. E se não nos dispusermos a refletir sobre ele o desconforto pode levar mais tempo do que desejamos para ser amenizado.
Nesse caso, ao nos propormos lidar com algo que consideramos “agressivo” para nosso bem-estar é necessário assumirmos o compromisso com a verdade a respeito desse fato, tanto em relação ao acontecimento em si, como no que diz respeito ao seu significado para nós e para as relações nele envolvido. Se faz importante a busca de uma ampla compreensão a respeito do ocorrido, incluindo o conhecimento acerca das nuances relevantes.
Vivemos em relação ao tempo e sua representação varia para cada um de nós bem como para cada momento vivido. Não é raro alguém relatar a velocidade do tempo quando vivenciando algo prazeroso, assim como sua lentidão quando se experimenta algo desagradável. Desse modo, podemos concluir que o tempo está relacionado ao seu significado para cada um de modo bastante particular.
Do mesmo modo nossa história adorna cada nuance de nossas experiências permitindo que a signifiquemos de modo individual e particular a cada momento vivido. Por isso, se faz de suma importância que ao nos propormos a lidar com algo que proporcione algum desconforto para nós ou para outrem, também nos permitamos um olhar acurado para o significado de cada pormenor envolvido nesse “algo”.
Assim, estaremos assumindo uma postura mais flexível em relação a qualquer sofrimento envolvido no processo de algo desconfortável. E a possibilidade de lidar com ela de maneira que a solução para o ocorrido não se transforme em um novo dilema.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124