13 janeiro 2012

COMPETITIVIDADE

Em nossa sociedade é comum nos compararmos. É evidente a possibilidade de ocorrer um pouco de exagero nessa conduta. No entanto, a competitividade dos nossos dias leva à dificuldade em “resistirmos” a tentação de nos compararmos e, inclusive, competirmos para sermos melhores ou, quiçá, “o melhor”. Essa competição e comparação podem nos levar a nos desapontamentos com nós mesmos diante dos resultados obtidos em nossa rotina. Não é raro, também, nos sentirmos insatisfeitos com algo em nossa aparência ou mesmo em nosso modo de ser. Convivemos com um estereótipo de beleza e de modos de se comportar o qual tange a perfeição. Ele “propõe” que sejamos magros, saudáveis, felizes, bem sucedidos, pacientes, justos, adequados, sociáveis, entre tantas outras qualidades, as quais, definitivamente, apresentam-se inatingíveis para quem é um simples mortal. Sendo assim, o que nos resta? Sentirmo-nos mal conosco. O principal aspecto a ser atingido com isso é nossa autoestima. E assim, como ter amor próprio se não somos como as regras da ordem social ditam? Como estarmos satisfeitos conosco se precisamos alcançar o estereótipo da perfeição? A autoestima está diretamente relacionada com a satisfação experimentada em nosso dia-a-dia. O que ocorre é de estarmos tão envolvidos e preocupados com o que pensarão a nosso respeito que nos esquecemos de ficar atentos ao que pensamos sobre nós mesmos. Com isso, deixamos de prestar atenção às nossas qualidades e conquistas. Então, se nos permitirmos um olhar mais “carinhoso” para conosco, poderemos também melhorar nossos sentimentos em relação a nós mesmos e, por consequência, melhorar nossa autoestima. Não estar satisfeito com os próprios limites e querer ampliá-los é saudável, desde que não represente o sacrifício de nosso bem estar. As pequenas conquistas podem se esvaecer quando estamos mergulhados em situações à margem de nosso controle. No entanto é importante estarmos conscientes de nossos limites e, o mais importante, de nossas capacidades reais. É preciso exercitar o respeito ao outro, mas especialmente o respeito a nós mesmos. Há limites em nós que podem ser ampliados, no entanto, há alguns limites pessoais que constituem nossa característica e o qual não é passível de mudança. Nos resta, portanto, identificar quais são uns e outros e nos movimentarmos em prol da mudança ou da compreensão e aceitação de quem somos. Márcia A. Ballaminut Cavalieri Psicóloga CRP 06/95124 E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

Um comentário:

  1. Bom texto para uma boa reflexão
    Ninguém é feliz porque existe ou porque nos fizeram acreditar no patrimônio da felicidade! Não nos educamos e nos preparamos para a vida simplesmente olhando para nosso umbigo, nosso bolso, nossos filhos, nossa família como uma ilha capaz de promover autoestima e o respeito ao outro e a nós mesmos, é preciso que nos preocupemos com a perspectiva social da comunidade e não se percam o vínculo social e a consciência do que somos e o que podemos fazer para mudar o que somos dentro de uma sociedade desigual, individualista, competitiva... abraço maria

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