05 janeiro 2012

VELOCIDADE DO TEMPO

Ultimamente é comum ouvir alguém destacar sobre quão veloz os dias transcorrem. Não raro é quando alguém se surpreende com o adiantamento de uma data, quando imaginava que ainda estaria distante. Nesta ocasião é comum nos questionarmos se o tempo tem transcorrido com maior velocidade do que ocorria “antigamente”. Um paralelo interessante pode ser traçado entre tempo e seus significados. Quando se pensa no “antigamente” podemos ser levados a lembrar dos meados dos anos 50 ou 60, quando os meios de transporte e comunicação eram um tanto precários em relação aos atuais. Ou a mudança do nosso acesso a informações, bem como às disponibilidades de objetos. Ou seja, as facilidades atuais em se acessar quaisquer informações, sejam elas relacionadas ao conhecimento ou ao consumo, são em alguns momentos quase assustadoras. Na mesma velocidade ocorre a profissionalização, e a necessidade de atualizar-se como profissional interessado em manter-se ativo no mercado de trabalho (o qual se apresenta extremamente competitivo). Nesse ínterim alguns momentos significativos e importantes são, em muitas ocasiões, deixados ao segundo ou terceiro planos. Isto é, privilegiamos as necessidades econômicas e suas solicitações em relação ao nosso tempo disponível em detrimento das outras necessidades que possuímos, como as de prazer. A psicóloga Yolanda C. Forghieri em uma de suas palestras lembrava da sugestão de um antigo professor seu. Ele dizia ser importante observarmos pequenos momentos em nosso dia-a-dia, como o som de um pássaro ou o farfalhar das folhas de uma árvore. E segundo ela, esse gesto seria o elo entre nossa rotina desesperada e a possibilidade de nos recordarmos que o tempo tem seu “tempo” para passar. Então, se ficarmos atentos para o significado do tempo individualmente e o relacionarmos com nossos afazeres diários, poderemos encontrar a razão de ele representar algo tão distante de nosso controle. Em contrapartida quando prestamos atenção a nós e aos nossos compromissos com as horas do dia, os dias dos meses e os meses dos anos, poderemos experimentar um vínculo diferente com o tempo. Capacitando-nos a rever nossos afazeres pessoais e profissionais. Desse modo, podemos nos tornar aptos a avaliar com maior comedimento as nossas diversas relações com os outros, sejam esses “outros” pessoas, objetos ou compromissos. Sendo assim, sempre que nos permitimos um olhar mais acurado a nós e à nossa rotina, podemos incorrer na possibilidade de mudança, especialmente em relação ao significado do tempo para nós. Márcia A. Ballaminut Cavalieri Psicóloga CRP 06/95124 E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

Um comentário:

  1. As vezes nos dar uma vontade danada de congelar o tempo dissociando-o do proprio movimento da vida, impossivel!!! O tempo nos dar vida e enquanto vivermos haverá tempo para amar, sorrir,chorar, aliviar, construir, transformar e seguir lutando. Quero o tempo sempre como um amigo acima de qualquer suspeita,para de mãos dadas caminharmos lado a lado sem pressa, sem cobrança.. abraço maria

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