20 julho 2012

AMOR PRÓPRIO


Somos todos dotados da capacidade de amar. No entanto, diversas referências costumam afirmar o amor e o ódio serem parceiros. Isto é, segundo elas o amor e o ódio seriam dois sentimentos tão unidos que, em muitas ocasiões, um substituiria o outro sem ao menos nos darmos conta.
Fala-se a respeito da importância em se ter amor próprio. Ele nos permite cuidar de nós em diversos âmbitos. Físico, emocional, psíquico, entre outros. Porém, não nos atentamos para o fato de que, em muitas ocasiões, podemos experimentar o parceiro desse amor, o “ódio próprio”.
Quantas são as ocasiões nas quais nos culpamos por algo. Uma atitude impensada, um ato súbito movido pelo impulso, uma resposta mais áspera devido a um dissabor que, muitas vezes, não tem correlação alguma com quem foi alvo de nossa aspereza. Mas, o importante é que em muitas dessas ocasiões, além de experimentarmos o sentimento de culpa exercitamos também a inércia.
Tal exercício pode nos levar a um acúmulo de sentimentos nocivos a nós mesmos. Não nos damos conta disso porque ao avaliarmos nossa conduta e nos decepcionarmos com ela, entendemos também ser justo nos “condenarmos” e nos “punirmos”. Afinal quem melhor para ser nosso algoz do que nós mesmos?
Nem sempre nos damos conta disso, contudo, podemos nos tornar o mais duro carrasco contra nós mesmos. E, quando isso ocorre, as consequências podem ser as mais penosas possíveis.
Por isso, é importante nos mantermos atentos aos nossos pormenores relacionados aos nossos sentimentos e comportamentos. Para, assim, nos tornarmos aptos a julgamentos mais “justos”.
Ou seja, para quando detectarmos um ato nosso que desaprovamos ou, ao menos, não ficarmos muito satisfeitos, possamos ser capazes de colocar em prática nosso bom senso. E não nos punirmos de modo tão severo, a ponto de prejudicarmos nosso bem estar e equilíbrio, bem como nossa possibilidade de desenvolvimento pessoal.
Sendo assim, nos cabe buscar os meios disponíveis para nos tornarmos habilitados a avaliações mais adequadas em relação ao nosso modo de ser. Pois, ao colocarmos em prática tal atitude, permitimos uma conquista pessoal que pode nos proporcionar diversas ocasiões nas quais experimentamos a sensação da plena realização.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

2 comentários:

  1. Márcia adorei os dois textos Amor próprio e Limites ... Estar vivo não é somente sentir o sangue correndo nas veias. É algo mais que pulsa e governa nossos desejos e suaviza nossos impulsos. A autocrítica chega junto com o amor próprio e como faz bem...as atitudes pró-ativas nos conduz a prudência e a reflexão sobre o limite meu e do outro, a vida é assim...Alguém disse: O ego precisa ser conquistado e perdido diariamente.. Concordo
    Bjs boa noite
    Comentário feito no Facebook por Maria do Carmo Silva.
    Obrigada sempre Maria...

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  2. Se DEUS me desse o dom de esccrever como você, colocaria a ressalva de que "Amor Próprio+Ódio Prórpio=Amor Perfeito.
    Aprendi com a minha terapêuta e amiga que devemos nos dar o direito de, nos perdoar, nos desculpar, nos aceitar e amar!
    Obrigado! Todos os dias agradeço pela sua arte de conseguir fazer eu compreender um pouquinho mais.
    Beijo
    Fique com DEUS.
    Comentário enviado por Normando ao Facebook...
    Obrigada sempre Normando.

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