06 julho 2012

DESFECHOS


Ao longo de nossa existência nos acostumamos aos “sinais” que observamos ao nosso redor. Sejam eles reais ou imaginários podem estar presentes e interferir em nossas decisões, em nosso estado de humor, bem como em nosso olhar para as diversas situações as quais vivenciamos.
A frequência com que alguns tipos de conclusões ocorrem, podem nos fazer estabelecer uma relação de prevenção referente àquele tipo de situação. Isto é, podemos desenvolver uma espécie de “defesa” contra algo quando acreditamos ser passível de nos ferir de algum modo. Pois, mesmo contra nossa decisão nossa mente busca a proteção de nosso bem estar geral, físico e psíquico.
No dicionário Aurélio encontra-se a definição de conclusão, epílogo, remate para o termo desfecho. No entanto, para essa reflexão podemos defini-lo como algo que nos conduz a uma crença em um modo de as coisas serem definidas. Quer dizer, a forma como alguns fatos são concluídos levam a uma familiaridade com ela, induzem à convicção de que sempre, ao nos defrontarmos com aquele tipo de ocorrência, o desfecho será semelhante.
Na busca de nosso bem estar nos apegamos às rotinas variadas. Isso nos torna seguros do porvir, ou seja, nos conduz a uma “certeza” do que irá acontecer em nosso futuro. Porém, essa “certeza” constitui uma ilusão, devido ao fato de muitos fatores estarem envolvidos na continuidade, inclusive, do nosso existir.
Então, ao partir da ideia de que as nossas vivências influenciam bem mais nosso modo de ser do que poderíamos desejar, ao se buscar formas de identificar quais situações nos propiciam sensações agradáveis ou não, podemos, diante disso, possibilitarmos a repetição de desfechos os quais nos permitam experimentar satisfações.
Nos habituamos a sentimentos diversos e somos levados a acreditar que eles são definitivos. No entanto, se nos lembrarmos de Fritjof Capra em seu livro “O Ponto de Mutação”, ele destaca o constante movimento em que nos encontramos envolvidos e da influência que proporcionamos uns aos outros. Podemos, dessa forma, entender serem possíveis mudanças inesperadas, inclusive nos desfechos aos quais estamos habituados.
Para isso, basta atentarmos para nossos pormenores e as sensações que eles causam. Dessa forma, iremos nos conhecer de modo mais “íntimo”. E, assim, nos aproximarmos da possibilidade de conduzirmos os desfechos que permeiam nosso existir.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

2 comentários:

  1. Estamos à espera do desfecho para tudo em nossas vidas? Sim.
    Positivos ou negativos, mas, desfechos!
    Obrigado pela ajuda que é um exercício diário!
    Fique com DEUS! Bom final de semana!
    Normando Celestino

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    Respostas
    1. Olá Normando!!!
      Seus comentários são sempre muito gentis e muito bem vindos!!!
      Obrigada por seu carinho e confiança.
      Abraço e Bom final de semana pra vc e toda a família!!
      Márcia.

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