21 setembro 2012

ESCOLHAS POSSÍVEIS


Elisabeth Kübler-Ross em seu livro “A roda da vida”, afirma ser o livre-arbítrio um direito individual e intransferível. E, por isso, põe sobre nossos ombros a responsabilidade por fazer as melhores escolhas possíveis. No entanto, será que fazemos as melhores escolhas possíveis?
É comum quando experimentamos a decepção com algo, nos posicionarmos como vítimas das circunstâncias, e encontrarmos no mundo diversos agentes causadores de nosso sofrimento. Mas, se nos dispusermos a um olhar um pouco mais criterioso para nós mesmos, incorremos na possibilidade de compreendermos nosso envolvimento nas decisões culminantes de nossa atual condição.
Em um primeiro momento, ao nos depararmos com algum tipo de sofrimento nos sentimos como “apunhalados” pelo mundo e por todos que nele se encontram. Contudo, se permitirmos uma análise cuidadosa e isenta de pré-julgamentos, certamente, encontraremos diversos momentos nos quais nossas decisões foram imperativas para nos posicionar no ponto no qual nos encontramos. Isto é, nossas escolhas nos conduzem ao estado no qual nos encontramos no presente.
Quando envolvidos na dor buscamos, com frequência, os culpados por nosso dissabor. No entanto, ao assumirmos nossa condição de copartícipes da construção de nossa história, ou seja, admitirmos que nossas escolhas são feitas por nós, também assumimos a possibilidade de mudanças.
Contudo, é de suma importância considerar que ao fazer uma escolha relegamos ao menos uma alternativa. Então, com o exercício de ampliarmos o panorama das circunstâncias as quais vivenciamos, ele permite nossa capacitação de uma análise mais acurada das opções ao considerar os prós e contras nelas envolvidos.
Assim, cuidando de nossa atenção aos fatos e às opções, poderemos nos munir do arsenal o qual nos permita praticarmos as melhores escolhas possíveis. E, a partir daí, assumirmos com todas as regalias a posição de copartícipes da construção de nossa história. Para, desse modo, assumir o cuidado com nosso presente, valorizar nossa história passada e com o olhar para o futuro.
Desse modo, faremos uso de nosso livre arbítrio em prol de nosso bem estar e desenvolvimento. Permitiremos que o peso em nossos ombros seja, de algum modo, agradável. Pois, tal peso fará parte da bagagem que irá compor nosso existir.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

2 comentários:

  1. Perfeito! Sempre!
    Se...Nossas escolhas não forem assim tão perfeitas, permita se perdoar, levantar a cabeça e seguir em frente
    Obrigado por tudo!
    Boa semana
    Beijo
    Normando

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  2. Mais uma vez seu olhar generoso Normando.
    Obrigada você.
    Boa semana!!
    Beijos.

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