07 setembro 2012

SORTE


O acesso facilitado a informações e imagens sobre o cotidiano alheio tornou-se um aliado, mas também uma possível fonte de frustração. Sempre é possível adquirir algum aprendizado com a experiência do outro, mas também se pode experimentar a dor do desejo não alcançado. Ou ainda, a inveja em relação ao outro.
Costuma-se comparar ganhos e perdas. No entanto, ao procedermos assim, podemos desconsiderar nossas capacidades de quando nos envolvemos na dor do considerado inalcançável.
Não é raro conhecermos quem tem facilidade para atingir suas metas e, em um primeiro momento, compreendemos, ou justificamos tais acontecimentos explicando-os através da sorte. Ou seja, delega-se a ela a responsabilidade de termos ou não sucesso em nossas empreitadas e, desse modo, eximimos a nossa responsabilidade.
No entanto uma das definições para a sorte é como sendo uma força determinante ou reguladora de tudo quanto ocorre, mas cuja causa se atribui ao acaso das circunstâncias ou a uma suposta predestinação. Será possível, então, que quem tem sucesso ou insucesso em suas buscas conta com apenas com a sorte e ponto final?
Fritjof Capra no livro “O ponto de mutação” afirma não existirem estruturas estáticas na natureza. Existe estabilidade, mas essa estabilidade é a do equilíbrio dinâmico. Ou seja, há um movimento constante em tudo o que circunda nosso existir. E, esse movimento tende a um equilíbrio, porém não estático e imóvel, mas dinâmico, isto é, em constante movimento.
Então, se considerarmos tal equilíbrio, o evento sorte parece não se adequar a esse processo. Sendo assim, pode estar em nossa inciativa e flexibilidade a capacidade para atingir ou não nossos objetivos.
Desse modo, o que classificamos como sendo sorte, pode constituir, apenas, em uma postura diante do universo, a qual permite ao nosso equilíbrio dinâmico ser atingido de modo mais hábil, quando nos dispomos a unir forças com essa “energia universal”.
Por isso, pode ocorrer de gerarmos grandes mudanças em nosso dia-a-dia, se nos dispusermos a conhecermos como nos movimentamos em prol do que desejamos e do que nos causa frustração. Para assim, direcionarmos com maior eficiência o fluxo de nossa energia e visar alcançarmos nossas metas.
Fala-se sobre lei do retorno, o que sobe desce, entre outros... No entanto, pode ocorrer de apenas estarmos envolvidos em uma energia em constante movimento a qual busca seu equilíbrio nesse movimento. E, sendo assim, cabe a nós compreender nossa posição nesse processo para nos tornarmos mais aptos ao nosso desenvolvimento pessoal.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

2 comentários:

  1. Só posso depois de ler!
    Agradecer, por me ensinar a ter tanta
    SORTE!
    Beijo!
    Fiquem com DEUS

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  2. Mais uma vez obrigada Normando,
    Por seu olhar e por disponibilidade!!
    Bom fim de semana a você e toda a família.

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