24 janeiro 2014

COMPREENSÃO

Há diversas maneiras para cogitar o que significa compreender algo ou alguém. Pode consistir em entendemos a respeito de algo, ou ainda perceber e aceitar alguém simplesmente como ele é. Enquanto na teoria tal atitude denota grande facilidade, ao tentarmos colocar em prática esse modo de agir, podemos nos deparar com alguns empecilhos.
Para sermos capazes de compreender algum evento, por exemplo, há necessidade de acessarmos todas as informações a respeito dele para podermos, com o máximo de probabilidade de compreensão, ajuizarmos a seu respeito. No entanto, é demasiado comum nos esquecermos desse fato. Isto é, na maioria das ocasiões designamos conceitos diversos embasados nas informações, muitas vezes escassas ou ao menos limitadas, a respeito daquilo que julgamos estarmos totalmente informados.
Uma pequena história divulgada na internet contava sobre o desejo de um garoto em comprar um filhote de cachorro, o qual o seu dono oferecia vendê-lo por um preço inferior ao dos outros que ele possuía. Questionado sobre o porquê o vendedor informou que o referido filhote tinha uma deformidade que o inibia em alguns movimentos. O garoto, então, mostra ao vendedor sua própria limitação e uma das pernas e afirma que quer aquele filhote pelo preço dos outros, porque ele não via diferença entre eles e, o mais importante, seria capaz de compreender quando de alguma limitação que o filhote pudesse apresentar.
Vivenciar algo, certamente, torna extremamente mais rápida a compreensão. No entanto, uma proposta interessante consiste em nos permitirmos olhar com maior apuro para as diversas situações presentes em nosso dia-a-dia para, assim, necessitarmos cada vez menos experimentar algo na “própria pele” para, então, sermos capazes de colocar em prática nosso entendimento e aceitação.
Tal atitude pode não consistir em algo simples pelo fato de estarmos habituados a um comportamento diferente, porém, sair da nossa rotina sempre pode representar algo benéfico, especialmente quando essa rotina compreende algo tão íntimo como nossa capacidade de refletir a respeito de algo ou alguém.
Portanto, parece ser essencial nos possibilitarmos algum movimento em prol de alguma mudança em nosso comportamento, permitindo que possamos sair de nossa zona de conforto e, assim, nos possibilitarmos alternativas diferentes de compreensão a respeito de nós e das circunstâncias que nos envolvem a todo o momento.

 Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124


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