14 novembro 2014

ERRAR É HUMANO!!

Mais frequente do que desejamos estamos suscetíveis ao erro. Porém, não raro é encontrarmos algo ou alguém que, “muito provavelmente”, nos induziu a errar. Assim, justificamos nossas atitudes menos felizes de modo a nos isentarmos das responsabilidades e consequências decorrentes de tal erro.
Há quem se culpe por tudo. E, certamente, esse será seu próprio vilão por muito tempo, tendo em vista não ser possível que sejamos responsáveis por “tudo” o que ocorre ao nosso redor. Contudo, se pensarmos a respeito dos diversos “vilões” com os quais nos deparamos, poderemos refletir um pouco sobre nós mesmos.
Ao responsabilizarmos o outro, seja uma pessoa, um evento ou algo; localizamos o vilão “longe” de nós. E, com isso, temos a chance de acreditar termos sido vítima de alguma ocasião infeliz ou, ao menos, não termos tido escolha. Isto é, seja lá o que for que aconteceu não havia alternativas para se evitar o ocorrido. Será realmente assim que acontece?
Quando algo nos é estranho, tendemos a buscar maneiras de tornar esse estranho o mais próximo possível de algo que nos seja familiar, para, então, experimentarmos um pouco menos de desconforto cm a situação inédita. O oposto ocorre quando nos deparamos com uma situação que nos deixa infeliz ou denote que erramos. Buscamos, nesta ocasião, maneiras de distanciar o máximo possível tal situação de nossa realidade, para nos sentirmos mais confortáveis com nossos limites. Pois, é a respeito de nossos limites que nossos erros “falam”.
Aceitar o limiar de nossas capacidades não constitui algo fácil. Assim, ao termos alguém ou algo para responsabilizar em lugar desse nosso “não ser capaz”, se faz presente uma tentação quase irresistível de nos reconfortarmos nisso.
Entretanto, sempre que fugimos de nossos erros ou que deixamos de assumir nossa parcela de responsabilidade por eles, perdemos uma grande oportunidade de aprendermos com o processo o qual envolve errarmos e desenvolvermos habilidades para lidar com o limite que ele nos anuncia. Piaget, psicólogo e educador francês, afirmou que aprendemos mais com nossos erros do que com nossos acertos, devido ao sentimento que aqueles despertam.
Nos cabe, então, buscar maneiras de nos fortalecemos para sermos capazes de “encarar” nossos limites e entendê-los. Para, com isso, podermos expandir tais limites e alcançarmos o desenvolvimento emocional que nos permitirá viver de modo mais equilibrado.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124                                                                                                                                     

Nenhum comentário:

Postar um comentário