07 novembro 2014

DECEPÇÕES: REALIDADE X ILUSÃO

Por que nos decepcionamos? O que nos leva a ter expectativas as quais não atingidas? Criamos expectativas acima das nossas reais possiblidades? Ao refletirmos acerca dessas questões poderemos nos aproximar de algumas possíveis respostas. Porém, numa definição encontrada nos dicionários a decepção consiste em um desengano, uma desilusão. Ou seja, em algum momento permitimos a uma ilusão se instalar em nosso pensamento, e a partir dela determinamos nossas expectativas.
Em que momento a ilusão se faz presente? É possível encontrar uma data, hora ou mesmo um momento específico em que tal engano dos sentidos ou da mente tem início? Talvez não. Podemos, entretanto, buscar voltar nossa atenção a nós mesmos e como reagimos nas variadas situações que experimentamos. Desde as mais simples às mais complexas e, deste modo, conhecer um pouco mais sobre o nosso modo de agir.
É comum nos iludirmos, isto é, termos uma percepção distorcida do objeto seja ele algo, alguém, ou uma situação. A questão é que quando essa percepção se encontra distorcida tendemos a ter comportamentos que podem culminar em sofrimentos. E um dos grandes objetivos que temos é a tentativa em minimizar ao máximo a presença desses momentos desagradáveis.
Como fazer então para alcançar tal objetivo? Seria muito bom encontrarmos uma receita pronta que nos desse todo o modo de fazer explicado em detalhes. Contudo, a realidade não é essa. O que podemos é buscar em todas as oportunidades conhecermos esse alguém que vive muito próximo de nós – nós mesmos!
Por mais que desejemos algo complexo e com diversos obstáculos para alcançarmos o conhecimento a nosso respeito, a melhor forma ainda é uma reflexão acerca de nosso modo de agir, ser e sentir nas situações as mais variadas.
Infelizmente, temos dedicado bem pouco de nosso tempo para isso, tendo em vista as solicitações diárias e, os problemas novos que surgem a todo o momento. Mas se continuarmos a deixar de lado essa possibilidade, permitiremos que as situações assumam controle do nosso existir que, a princípio, pertence a nós.
Então, voltar nossa atenção para nossas atitudes e sentimentos pode, no mínimo, nos levar a um autoconhecimento, o qual, por conseguinte, pode possibilitar nosso desenvolvimento e liberdade para responder questões as quais nem sempre somos capazes. E dessa forma minimizar nossas decepções.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com

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