27 fevereiro 2015

USUFRUIR

Atualmente todos somos solicitados de diversas maneiras. Seja em relação aos estudos ou ao trabalho, ou ainda em relação aos amigos ou à família. Isto é, temos responsabilidades das quais nem sempre podemos nos isentar e, deste modo, podemos experimentar a sensação de estarmos acuados diante de algo o qual não somos capazes de nos desvencilhar.
Porém, necessitamos dos compromissos que nos permitem os relacionamentos variados, sejam eles com algo ou alguém. Esses compromissos possibilitam-nos a oportunidade de praticarmos nossas habilidades em relação ao nosso modo de ser e, especialmente, nos permite a ocasião de nos desenvolvermos em vários aspectos.
Quando nos sentimos pressionados de qualquer maneira, pode haver um impulso de nos libertarmos do que nos oprime. No entanto, há compromissos dos quais não podemos abrir mão sem experimentarmos consequências, às quais não temos certeza de sermos capazes de suportar.
Então, nos resta encontrarmos um modo de minimizar as sensações desagradáveis que algumas situações podem despertar. Um professor, certa ocasião, sugeriu a um aluno já adulto, que ele deveria observar mais a vida para que fosse capaz de usufrui-la com mais apuro.
Dizia ele que ao nos permitirmos pequenas pausas em nosso dia-a-dia para simplesmente saborearmos uma água refrescante, ou ouvirmos o canto de um pássaro, ou mesmo observarmos o balançar de folhas de uma árvore, estaríamos proporcionando ocasiões de momentos nos quais a correria diária poderia assumir um segundo plano em nossa existência.
Desse modo, podemos compreender que se formos capazes de nos “divertirmos” com nossos compromissos, seremos também capazes de transformar o peso de nossas responsabilidades. E, assim, proporcionamos a oportunidade de nos tornarmos menos “ranzinzas” com as situações que, em muitas ocasiões, não são passíveis de mudança. E, assim, usufruirmos com maior satisfação as oportunidades de que experimentamos.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124


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