06 março 2015

SONHOS

Nem sempre nos damos conta, mas sonhamos. Fazemos planos, temos desejos, almejamos algo... Isto é, podemos não ter total consciência de que planejamos ou desejamos algo, mas o fazemos. Em algumas ocasiões parece até ser difícil responder à pergunta: Qual o seu sonho?
Quando criança é comum sonharmos com um brinquedo novo, um cinema, um passeio, etc. Para um adulto esses podem parecer sonhos bem possíveis. No entanto, não se pode perder de vista que os sonhos são proporcionais às nossas possibilidades.
Em sua maioria nossos sonhos são constituídos de possibilidades as quais podemos disponibilizar para nós mesmos ou não. Porém, para que os nossos sonhos sejam de fato proporcionais às nossas possibilidades é necessário termos conhecimento de nossas potencialidades e, principalmente, de nossos limites.
Quando desejamos algo sem levar em conta essas perspectivas corremos o risco de sonharmos com algo o qual pode estar na constituição do “impossível”. Ou, podemos não estar atentos ao que constitui maior importância para nós naquela ocasião.
Ao longo de nossa existência fazemos escolhas. Privilegiamos uma ou outra opção de acordo com o grau de importância que ela possui para nós em determinado momento de nossa vida.
Mudamos a todo o momento. De acordo com o filósofo Heráclito, não nos banhamos num mesmo rio, pois ao nos retirarmos dele a água flui, sendo assim, ao mergulharmos novamente, já não é mais a mesma água.  Cada nova experiência a qual vivenciamos nos constitui em alguém diferente do que éramos ante dela. Sendo assim, nossos sonhos bem como as possibilidades e limitações que fazem parte de nosso ser também mudam. Se considerarmos essas mudanças, um sonho frustrado pode constituir apenas um momento inadequado para algo.
Então, se cuidarmos de nosso movimento, isto é, nos mantermos atentos às nossas mudanças e experiências, podemos nos tornar capazes de discernir com mais acuidade qual o melhor momento para qual sonho. Ou ainda, nos habilitarmos a compreender quando um sonho pode ser substituído por outro, de modo a não representar maior possibilidade de frustração do que de satisfação.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124

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