20 março 2015

DEPRESSÃO: DOENÇA OU FASE?

Atualmente fala-se muito em depressão e ela sempre está associada há algo negativo, uma situação que gera preocupação em quem se encontra deprimido e àqueles os quais cercam pessoas nesse estado depressivo.
A depressão apresenta causas emocionais e físicas, não sendo possível afirmar com exatidão qual delas primeiramente se manifesta. Então o importante é, em algumas situações, ela se caracterizar como uma “doença” e, como tal, possuir sintomas identificáveis: desânimo, sensação de cansaço, e cujo quadro muitas vezes inclui, também, ansiedade, em grau maior ou menor, abatimento moral ou físico e diminuição de função fisiológica.
Em virtude disso, o indivíduo apresenta um quadro no qual não tem disposição para uma iniciativa em prol de si mesmo, e assim caracteriza uma situação preocupante para quem acompanha quem se encontra nessa condição. É importante ressaltar que há os chamados depressivos. Esses, geralmente, são indivíduos que com certa facilidade se entristecem em demasia e não conseguem encontrar ânimo para buscar soluções para seus problemas.
Para esses casos há diversos tratamentos incluindo o medicamentoso, que é de grande auxílio e oferece um excelente resultado. É importante lembrar que somente os medicamentos podem não serem suficientes, tendo em vista tratar-se de um problema de ordem emocional também e que não descarta a busca de um autoconhecimento.
Outro ponto a ser avaliado é que a depressão talvez não precise ter uma conotação tão negativa como a atual. O indivíduo quando “deprimido” torna-se alguém mais voltado para si e passa a ser atento a pequenos detalhes de seu modo de ser e sentir. Reflexivo a respeito de diversas situações pode tornar-se capaz de determinada atitude, tendo em vista sua atenção mais cuidadosa em relação aos detalhes.
Se tomarmos como exemplo uma mola, essa precisa ser contraída ao máximo para poder exercer toda sua força ao ser liberada. Podemos, desse modo, nos compararmos a uma mola contraída quando estamos depressivos. Estamos recolhidos (contraídos) a nós mesmos, observamos nossas sutilezas e nuances das situações em que nos encontramos. E sem nos darmos conta, acumulamos nossas forças para, ao tomarmos uma decisão, termos condições de colocar em prática todo nosso potencial.
É comum nos sentirmos muito decepcionados conosco quando nos encontramos em tal estado, e normalmente não queremos nos sentir triste ou frustrado. Mas é de grande importância experimentar tais sentimentos para podermos nos desenvolver como seres independentes e adquirirmos satisfação pessoal. Pois, a satisfação envolve frustrações por tratar-se de um processo com diversas fases. Ou seja, nos sentirmos satisfeitos conosco não é algo que simplesmente acontece, há um processo que possibilita nos desenvolvermos ao ponto de nos sentirmos satisfeitos com quem somos.
Portanto, se mudarmos nossa compreensão para a chamada “depressão”, poderemos ter uma oportunidade de crescimento e, mais uma vez, a chance de experimentarmos a satisfação de vencermos uma batalha.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: mariciabcavalieri@hotmail.com

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