15 julho 2016

DIFERENÇAS

Quanto mais formos parecidos uns com os outros estaremos mais aptos a conviver melhor?


Em muitas ocasiões pode-se experimentar a sensação de estar “nadando contra a maré”. Isto é, a impressão de o mundo ir e um sentido e nós em outro totalmente diferente. Isso pode ocorrer por diversas razões como ser extravagante, ou diferente da maioria.
É comum ouvir alguém afirmar sentir-se incomodado ou mesmo prejudicado por agir diferente do que é comum. Devido a um comportamento ou sentimento diferente do praticado pela generalidade pode-se experimentar esse desconforto. Nessa ocasião é importante exercitar um conhecimento mais abrangente sobre si mesmo para não correr o risco de se perder dentre a maioria.
A cultura atual estabelece como importante sermos o mais igual possível. Possuir, inclusive, objetos semelhantes. Ou seja, quanto mais formos parecidos uns com os outros, estaremos mais aptos a conviver melhor. No entanto, somos diferentes em diversas particularidades. Então como nos sentir bem sendo iguais, e não diferentes?
Cada momento de nossa história de vida constrói o que somos atualmente. Toda a experiência passada constituiu nossa construção como o ser que somos hoje. Nesse caso, o passado foi importante nesse processo. Não é necessário, contudo, viver-se voltado para esse passado. O importante é a consciência de sua importância em nosso existir atual. 
Elizabeth Kübler-Ross em seu livro A Roda da Vida cita uma jovem judia a qual havia sobrevivido a um campo de concentração nazista. Ela discorre sobre a importância em se deixar o passado para trás para ter-se paz no presente. Entretanto sem esquecê-lo, apenas sem revivê-lo repetidamente para não alimentar sentimentos de ressentimento ou pesar.
Então, ao estarmos cientes da importância do passado em nossa história e de como essas experiências nos tornam singulares, é igualmente importante compreendermos serem nossas decisões e escolhas também singulares. Deste modo, o nadar contra a maré torna-se apenas a assunção de nossas particularidades as quais nos tornam especiais. E não um ato de afronta que ocasiona desconforto.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com


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