22 março 2018

DES-CONSTRUINDO BARREIRAS


Estabelecer limites para as investidas daqueles com quem convivemos é de extrema importância.

Fiódor Dostoiévski, escritor russo, afirmou uma vez: “o sarcasmo é o ultimo refúgio das pessoas moderadas quando a intimidade de sua alma foi invadida”. Quantas vezes temos nossa “alma” invadida e como reagimos diante desse fato?
É comum usarmos as ferramentas disponíveis relacionadas ao nosso modo de ser: nossas defesas. No entanto, se não as conhecermos podemos nos encontrar em uma posição na qual limitamos nosso desenvolvimento. Ora podemos nos localizar em uma posição de prontidão o tempo todo, ora inibirmos possibilidades em acessar informações que poderiam oferecer chances de crescimento ímpares e que apenas se tornarão disponíveis se nos permitirmos o contato com elas.
Então, como proceder para não nos colocarmos a mercê das investidas diárias a que estamos sujeitos e, ainda nos permitirmos o contato em nosso dia-a-dia com as oportunidades disponíveis? Isto é, como avaliar as situações diversas de modo a minimizar os “danos” para nós mesmos e minimizar, assim, o uso de nossas defesas?
Estabelecer limites para as investidas daqueles com quem convivemos é de extrema importância. Porém, para exercemos tal “controle” é necessário conhecermos de antemão quais são nossos limites. Isto é, o que nos atinge de modo a nos prejudicar e o que nos atinge e entendemos como prejuízo, mas, no entanto, não constitui algo dessa monta.
Ao aventar tal possibilidade podemos, em um primeiro momento, afirmarmos ser uma tarefa permeada de inúmeras dificuldades, e tal afirmação não constitui uma inverdade. Então, podemos nos acomodar na condição em que nos encontramos atualmente e nos sentirmos bem com isso.
Entretanto, há os momentos quando nos sentimos, como destaca Dostoievski, invadidos de tal modo que nos defendemos. Contudo, ocorre muitas vezes de essa defesa não emergir do modo ou com a frequência que desejávamos. Nesse momento podemos experimentar desconfortos relacionados a nós mesmos. Desse desconforto, diversos sentimentos podem se fazer presentes e eles podem nos causar sensações que não gostaríamos de experimentar.
Sendo assim, se nos proporcionarmos a possibilidade de um conhecimento mais elaborado acerca de nossos sentimentos e as reações por eles desencadeados, exercitaremos um modo de conhecer também nossas defesas. E ampliaremos, desse modo, as chances de elas serem utilizadas mais adequadamente para visar nossos ganhos e, não prejuízos indesejados.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

Nenhum comentário:

Postar um comentário