01 abril 2011

MORTE


Sempre ao ouvir-se a palavra morte, experimentamos algumas sensações. Afinal é difícil ser indiferente a ela. Podemos sentir medo, tristeza, desespero, satisfação ou alívio. Mas que tipo de morte é essa? O que é a morte? Morre-se somente quando uma vida finda ou há outros tipos de morte a se pensar?
Ao concluirmos algo o qual havíamos nos comprometido. E compararmos esse concluir com a morte, poderemos amenizar os efeitos que tal palavra tem sobre nós. E mais, teremos a oportunidade de dar início a um olhar diferente para tudo o que iniciamos e terminamos. Será permitido compreendermos de um modo diferente os diversos ciclos nos quais nos envolvemos.
No processo de se lidar com a perda de algo querido experimentamos muitos sentimentos. Porém, se exercitarmos a compreensão dessa perda como parte de um ciclo do qual estamos imersos, poderemos ser capazes de avaliar mais claramente o que está realmente ocorrendo.
Temos fases bem definidas em nosso processo de crescimento: infância, puberdade, juventude, vida adulta e velhice. Ao início de cada nova fase a antiga precisa ser “enterrada”. A criança precisa deixar de existir de maneira plena para o adolescente tomar forma. O adolescente precisa ocultar-se para o jovem assumir seu papel e fazer suas escolhas. O jovem tem necessidade de abandonar o palco para o adulto assumir suas responsabilidades e organizar sua vida de modo a ser capaz de desfrutar suas conquistas.
Da mesma forma nosso crescimento tem fases. Se procurarmos fazer uma analogia encontraremos em tudo o que fazemos o mesmo processo. Ao engendrarmos uma nova empreitada temos o momento de quando iniciamos contato com informações novas. Depois amadurecemos tais informações para então elas tomarem forma e poderem assumir seu papel pleno diante daquilo que decidimos. Entretanto, ao deliberar por algo sempre deixamos para traz outra opção que então “morre”. Pois ao fazermos uma escolha algo precisou ser renunciado.
Temos contato com a morte em diversos momentos em nosso dia-a-dia. Precisamos, então, exercitar maneiras mais amenas para nesse processo, quando os sentimentos se apresentarem, serem aceitos. E, desse modo, poderem ser compreendidos e utilizados em prol de nossa aprendizagem para lidar com temas, a princípio, causadores de algum desconforto.
No buscar tal exercício nos muniremos de um verdadeiro arsenal para nos envolvermos com as mais diversas situações e nos sentirmos aptos a enfrentar os mais variados tipos de desafios.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

2 comentários:

  1. "Interessante seu ponto de vista no artigo. No meu entendimento, você apresenta a morte de modo contextualizado. Inteligente!"
    Comentário enviado pelo amigo de colégio João Sitta...
    obrigada João!!!

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  2. "Márcia estou sempre entrando em contato com seus textos, este especialmente entrei em conexão no momento que li. Vc fala justamente do momento em que passamos na verdade a todo instante, morrer e viver, ao falar da morte vc retrata o processo vida. Adorei, pois a forma como vc aborda nos faz refletir..."
    Comentário enviado por e-mail pela amiga Deborah C. S. Thomaz

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