29 abril 2011

RESIGNAÇÃO




Alguém afirmou em certa oportunidade que considerava de suma importância ter em mente a disposição para mudar o que é passível de mudança e resignação diante daquilo impossível de se mudar. Porém, o mais importante de tudo seria o discernir entre essas duas situações quando diante de um dilema.
A todo o momento estamos sujeitos a algum tipo de confrontação. Um problema de difícil solução, ou alguém que não deseja o auxílio do qual dispomos. Ou seja, nem sempre conseguimos dispor das situações e soluções possíveis a elas do modo como acreditamos ser o melhor. Isso não significa, contudo, a nossa conformidade. Na realidade pode representar muito sofrimento.
Ao longo de nossa existência podemos ser levados a acreditar na existência de alguma solução para todos os problemas. Especialmente quando pessoas as quais amamos estão envolvidas neles. Mas, é comum nos esquecermos de que assim como nós, essas pessoas têm desejos próprios. E, nem sempre esses desejos estão em conformidade com aquilo que acreditamos ser o melhor.
Então, não raro é experimentarmos frustrações e decepções, relacionadas às contrariedades vividas por nós quando o que acreditamos ser o melhor não tem essa representação para os outros. Nessa ocasião podemos nos empenhar com maior tenacidade para tudo ocorrer do modo como acreditamos ser o ideal. Ou podemos abandonar toda e qualquer tentativa de auxílio.
É óbvio que as duas posições são extremas e acompanhadas de diversas emoções. Contudo, exercitar a aceitação de situações as quais não temos total controle não constitui tarefa fácil. Discernir entre o que devemos persistir e aquilo o qual precisamos deixar seguir seu próprio curso não denota um comportamento que nos deixa confortáveis. Pois, pode significar ver o sofrimento de alguém a quem amamos.
Costuma-se dizer que a persistência é uma qualidade almejada, enquanto a teimosia um defeito a ser afastado. Portanto, a solução parece simples. Basta desenvolvermos nossa capacidade de diferenciar quando estamos fazendo uso de um ou outro caminho. E então mudarmos nossa atitude.
Porém, esse nem sempre é um caminho ameno. E pode ser que tal comportamento solicite de nós um investimento em nosso desenvolvimento pessoal. O qual nem sempre estamos dispostos. Mas se quisermos alcançar nosso objetivo é necessário nos colocarmos em posição de resignação diante da necessidade de mudanças.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

2 comentários:

  1. A todo momento enfrentamos mudanças que são acompanhadas de coisas boas e tb ruins, esse texto me ajudou a refletir nas minhas prioridades e nos alvos que almejo.

    Obrigado Dra. Márcia.

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    1. Olá Paulo!!
      Fico muito feliz que tenha sido possível contribuir de alguma forma para sua reflexão.
      Obrigada pelo retorno e fico contente por ter gostado do texto.
      Abraço.
      Márcia.

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