22 maio 2014

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Nem sempre estamos dispostos a permitir que nossas emoções sejam compartilhadas. Isto é, experimentamos sentimentos por situações variadas os quais, na maioria das ocasiões, damos preferência à omissão deles.
No processo de nosso desenvolvimento pessoal ocorre de, aos poucos, expandirmos nosso potencial em relação a diversas dimensões do crescimento, tanto físico quanto emocional e psíquico.  Isso acontece devido às experiências vivenciadas por nós as quais assumem algum grau de importância e que nos permitem o acúmulo de informações.
Quando nos tornamos adultos é esperado sermos capazes de respostas adequadas às solicitações as quais estamos sujeitos. Porém, o que constitui uma resposta adequada para um pode ser totalmente inadequada para outro. Como discernir e, o mais importante, como escolher a melhor forma de agir diante de determinado acontecimento?
Aprendemos a cuidar de nosso modo de ser e agir quando em contato com o outro. Diversas vezes somos convidados a não permitir transparecer o que realmente sentimos em relação a algo ou alguém. Esse comportamento permeia o convívio em grupo ao qual estamos submetidos, tendo em vista nossa necessidade do referencial do outro para nos tornarmos quem somos.
Desse modo, torna-se mais seguro “disfarçar” alguns sentimentos, visando minimizar os desconfortos que eles poderiam ocasionar. Contudo, incorremos no risco de nos habituarmos a omissão deles e darmos início a um processo que pode culminar em um sofrimento além do desejado.
Sendo assim, pode constituir uma ferramenta imprescindível o desenvolvimento de nossa capacidade em compartilhar nossos sentimentos de forma segura. Ou seja, exercitarmos demonstrar nossas emoções de modo a comunicarmos o que representa determinada situação, sem nos expormos em demasia. Mas, para que isso ocorra é necessário nos permitirmos experimentar esse compartilhar de sentimentos.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124


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