09 maio 2014

SENTIR

Ao longo de nosso desenvolvimento pessoal pode ocorrer um processo no qual o sentir pode assumir um sentido delicado. Ou seja, todos nós sentimos algo por alguém ou por algo. No entanto, assume um trajeto às vezes contraditório, a forma como nos permitimos o demonstrar isso.
Nós, porém, somos seres que sente e, por conseguinte, o impedimento da demonstração dos sentimentos diversos que experimentamos ao longo de nossa existência, pode acarretar consequências das quais não nos sintamos muito confortáveis.
Na contramão do esperado de um modo geral, somos envolvidos no sentir, entretanto a demonstração do sentimento pode ser interpretado de modo inadequado. Pois, não é incomum experimentarmos algum tipo de constrangimento quando nos permitimos a exposição em relação a algo que demonstramos.
Na atualidade vivenciamos um crescimento de lamentações relacionadas à dificuldade nos relacionamentos variados, sejam eles de ordem mais íntima ou não. Mas, o importante é que se não buscarmos formas de modificar o significado do sentir, podemos ser levados a vivenciar experiências as quais nos frustrem mais do que gostaríamos.
Talvez o que ocorra é de, ao longo do tempo, algo ter ocorrido para nos levar a nos amedrontarmos diante das respostas do outro em relação à nossa exposição ao que sentimos em relação a algo. Contudo, ao nos mantermos afugentados devido ao receio em das consequências as quais podem advir de um movimento nosso, também limitamos nossas oportunidades em experimentar satisfação e prazer.
Sendo assim, ao exercitar formas de expor o que sentimos, poderemos experimentar alguns desagrados. No entanto, também poderemos experimentar sensações, no mínimo, surpreendentes, relacionadas a algo que podemos ter deixado adormecido por muito tempo e do qual podemos  não ter plena consciência do quanto nos perturba a falta.

Márcia A.  Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124

e-mail – marciabcavalieri@hotmail.com

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