29 agosto 2014

CERTO OU ERRADO?

Em muitas ocasiões buscamos um limiar claro e definitivo para o que podemos considerar adequado ou não para nós. Comumente, usamos como parâmetro algumas generalizações, isto é, tomamos por base o que, aparentemente, funciona para a maioria e, desse modo, assumimos a ideia de que constitui algo adequado para nós também.
Não se pode negar que em muitos casos esse procedimento possui certo grau de assertividade. No entanto, não é raro nos depararmos com situações às quais parece não nos satisfazer a escolha do que a maioria considera adequado. Nesse caso, precisamos nos lembrar de que somos indivíduos singulares e assim, pode ocorrer de algo geral não representar o ideal para a singularidade de nosso existir.
Algo não muito fácil consiste em procedermos, embasados em nossas particularidades, de tal modo a nos habilitarmos a considerar as escolhas com maior probabilidade de acerto.  Para isso, é necessário nos conhecermos, bem como nossos medos e desejos.
Contudo, a sociedade atual na qual estamos inseridos nos convoca a buscarmos, de alguma maneira, a semelhança em comportamentos, pensamentos e escolhas. O que pode minimizar angústias e inseguranças relacionadas às diferenças e suas consequências.
De algum modo, o significado da diferença tem assumido um valor, muitas vezes, pejorativo. Porém, se nos recordarmos da singularidade que somos, tal descrédito para com o diferente se esvai.
Sendo assim, pode ser preciso um exercício constante de nossa parte na busca do conhecimento acerca de nós mesmos. Para, desse modo, nos tornarmos capazes de respeitarmos nossos limites em relação ao que somos capazes de suportar. Sejam esses limites correspondentes a alegria ou tristeza.
É preciso, no entanto, estar constantemente presente a consciência de que tal proceder já constitui uma singularidade e, assim, algo diferente. Mas, se nos possibilitarmos tal atitude, poderemos nos habituar ao diferente e, por conseguinte, assumirmos de forma mais integrada a nossa singularidade. Transformando, dessa forma, nossa existência em algo o qual nos proporcione um maior número de satisfações em contrapartida dos desalentos.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124

E-mail – marciabcavalieri@hotmail.com

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