15 agosto 2014

VALOR

Muitas vezes não dispensamos muito de nossa atenção aos detalhes os quais envolvem nosso dia-a-dia, bem como as escolhas que fazemos quando envolvidos em nossa rotina diária. Entretanto, como afirma o filósofo Jean-Paul Sartre, somos condenados a escolher, pois mesmo quando optamos por não escolher, já realizamos nossa escolha.
Sendo assim, se estamos envolvidos em algo comum a todos, isto é, o ato de escolher, inevitável seria o fato de ao fazermos isso, nem sempre atentamos para o que estamos, de fato, selecionando como de maior importância para nós. Ou seja, qual o real valor daquilo para o qual nossa atenção encontra-se voltada.
Em nossos afazeres diários, especialmente com as solicitações de velocidade acelerada em tudo o que executamos, não é fora do comum passar desapercebido de nós detalhes os quais nos levaram a determinada decisão. Desse modo, podemos nos encontrar um pouco desorientados em relação ao que tem ou não importância para nós.
Portanto, algumas questões podem surgir a partir dessa reflexão: como mudar esse padrão de comportamento? De que maneira podemos nos conduzir de modo a nos colocarmos na “contramão” do que representa um modo mais fácil de agir?
Somos bombardeados a todo o momento com sugestões diversas. Elas podem manifestar-se, em um anúncio publicitário ou mesmo no comentário de um colega, entre outras. Ou seja, em uma sociedade na qual o consumo adquiriu uma representação elevada, não constitui algo incomum a emergência de algo que nos leve a considerar importante o que, na realidade, não possui esse valor para nós.
Então, se nos proporcionarmos momentos nos quais possibilitamos a nós mesmos o ouvir nossa resposta à questão: o que tem valor para mim? Pode ocorrer de iniciarmos uma nova trajetória no que diz respeito à nossa capacidade de proporcionarmos um maior número de ocasiões nas quais experimentemos  satisfação, prazer e realização.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124


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