26 julho 2013

MOTIVAÇÃO

Atualmente a necessidade de motivação parece estar em pauta em praticamente todos os âmbitos de nossas relações, sejam elas relativas ao trabalho ou de ordem pessoal. É comum lamentações relacionadas ao desânimo e a falta de motivação para investimentos pessoais no que concerne nosso próprio desenvolvimento e na busca de algum objetivo.
Na ânsia da tão almejada motivação, muitas vezes, nos sujeitamos a experiências as quais nem sempre fazem sentido para nós. No entanto, nesse processo, incorremos no risco de buscarmos motivação de um modo no qual nossos reais desejos permanecem obscuros, inclusive para nós mesmos e, desse modo, a empreitada torna-se especialmente difícil.
 O modo de nos relacionarmos nos dias atuais nos conduz a competividade de uma maneira que resvalamos na busca do “impossível”. Nos submetemos a comportamentos que, em sua maioria, não condiz com nosso modo de ser. Isto é, desrespeitamos o limite de nossa capacidade.
Ao reconhecermos nosso potencial também nos apoderamos da consciência de nossos limites e, desse modo, nos tornamos aptos a respeitá-los. Assim, quando nos permitirmos comparações relativas à competitividade solicitada pela ordem social, poderemos proceder de um modo um pouco menos injusto para conosco.
Contudo, permanece uma questão: como nos motivar diante de tais solicitações? E, especialmente de alguns “impedimentos”, particularmente os relativos aos nossos limites pessoais?
Lamentavelmente ainda agimos de modo a satisfazer, primeiramente, as solicitações alheias relativas a questões nem sempre concernentes ao nosso desejo, e que desrespeitam nosso real potencial. Então, nesse proceder, buscamos agir de acordo com o esperado e não de acordo com nossa capacidade. Nesse percurso, é comum buscarmos motivações no outro e não em nós.
Quando optarmos por agir dessa ou daquela maneira, fazendo escolhas embasados no que desejamos para nós independente do que o outro conquistou, haverá um risco bem menor de nos sentirmos frustrados. Assim, a empreitada não se tornará demasiado difícil e é bem provável que iniciemos conquistas pessoais que nos motivem a buscar cada vez mais tal sensação.
Sendo assim, ao cuidarmos de nos motivarmos por nós e não pelo que o outro é capaz de realizar, ou seja, almejarmos alcançar nosso próprio pódio e não aquele que o outro alcançou, nos possibilitaremos a oportunidade de experimentar realizações singulares e referentes ao nosso potencial. E, desse modo, a busca do objetivo torna-se algo pessoal e passível de nos motivar de um modo mais intenso e duradouro.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

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