23 dezembro 2010

FRUSTRAÇÕES


Não estamos mais acostumados a lidar com frustrações. Porém, elas fazem parte de nosso dia-a-dia. Mesmo ao desejar que não seja possível não ver-se contrariado e impedido de fazer algo muito desejado ou mesmo, assistir alguém ter um comportamento que não concordamos e do qual não temos como impedir.
Uma questão importante a se fazer é: como lidar com isso? Muitas pessoas buscam tratamentos médicos para ansiedades, iras incontroladas, acessos de raiva ou mesmo angústia sem falar nas síndromes, como o pânico. Busca-se nos medicamentos disponíveis a solução para as dores que acompanham as frustrações. Mas o fato é, apesar do sofrimento que elas proporcionam também permitem nosso desenvolvimento emocional.
Percebe-se, nos dias de hoje, um enfraquecimento do ser humano com relação a sentimentos e emoções. Desde cedo buscamos nos poupar das contrariedades como se fossem algo extremamente prejudicial ao nosso existir. Contudo, nos esquecemos da importância de se conhecer a dor para que se possa buscar, com ardor, não senti-la.
Entretanto, aprendemos tanto a fugir da dor que nos esquecemos de vivê-la no momento para que possamos tirar proveito da situação em que estamos envolvidos e podermos fortalecer nosso potencial emocional. Para então lidar com as dificuldades diárias que fazem parte do viver do ser humano.
Até que ponto agimos da melhor maneira ao nos pouparmos dos males diários presentes no risco de estar vivo? E, além disso, podemos ainda nos preocupar em poupar todos aqueles que fazem parte de nossa responsabilidade como filhos e cônjuges. Na justificativa do amor nos sentimos no direito de “impedir” o sofrimento daqueles a quem amamos e talvez impedimos que se desenvolvam.
Mas esse comportamento pode sufocar quem pretende ser a “barreira” contra as mazelas do mundo, e, proporcionar a sensação de falha trazendo à tona a frustração. Com certeza essa também traz crescimento emocional. Contudo, em alguns momentos, precisamos de auxílio para entender o que nos leva a ter atitudes como essa. E principalmente, para sermos capazes de detectar esse tipo de comportamento em nosso padrão e então podermos nos poupar de um desgaste inútil e desnecessário.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br
15/10/2010

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