23 dezembro 2010

TRISTEZA


Atualmente fala-se muito em depressão e ela sempre está associada há algo negativo, uma situação que gera preocupação em quem se encontra deprimido e àqueles os quais cercam pessoas nesse estado depressivo.
A depressão possui causas emocionais e físicas não sendo possível afirmar com exatidão qual a primeira. Então o importante é em algumas situações ela se caracterizar como uma “doença” e, como tal, possui sintomas identificáveis: desânimo, sensação de cansaço, e cujo quadro muitas vezes inclui, também, ansiedade, em grau maior ou menor, abatimento moral ou físico e diminuição de função fisiológica.
Em virtude de tudo isso, o indivíduo apresenta um quadro no qual não tem disposição para uma iniciativa em prol de si mesmo, e assim caracteriza uma situação preocupante para quem acompanha alguém nessa condição. É importante ressaltar que há pessoas que são chamadas depressivas, esses geralmente são indivíduos que, com certa facilidade, se entristecem em demasia e não conseguem encontrar ânimo para buscar soluções para seus problemas. Para esses casos há diversos tratamentos incluindo o medicamentoso que é de grande auxílio e oferece um excelente resultado. É importante lembrar que somente os medicamentos não são suficientes, tendo em vista tratar-se de um problema de ordem emocional também e que não descarta a busca de um autoconhecimento para poder tornar-se “senhor” de si mesmo.
Outro ponto a ser avaliado é que a depressão talvez não precise ter uma conotação tão negativa como vivenciamos hoje em dia. O indivíduo quando “deprimido” torna-se alguém mais voltado para si. Passa a ser atento a pequenos detalhes de seu modo de ser e sentir, reflexivo a respeito de diversas situações, as quais suas características poderiam ser tomadas como um modo de manter-se concentrado em algo, para ser capaz de determinada atitude.
Se tomarmos como exemplo uma mola, essa precisa ser contraída ao máximo para poder exercer toda sua força ao ser liberada. Podemos, então, nos comparar a uma mola contraída quando estamos depressivos. Estamos recolhidos (contraídos) a nós mesmos, observamos nossas sutilezas e nuances das situações em que nos encontramos e sem nos darmos conta. Acumulamos nossas forças para ao tomar uma decisão termos condições de colocar em prática todo nosso potencial.
É comum nos sentirmos muito decepcionados conosco quando nos encontramos em tal estado, e normalmente não queremos nos sentir triste ou frustrado. Mas é de grande importância experimentar tais sentimentos para podermos nos desenvolver como seres independentes e adquirirmos satisfação pessoal. Porque a satisfação também é feita de frustrações por tratar-se de um processo que envolve diversas fases. Ou seja, para nos sentirmos satisfeitos conosco não é algo que simplesmente acontece, há um processo pelo qual passamos que permite nos desenvolver ao ponto de sentirmos satisfeitos com aquilo que somos.
Portanto, se mudarmos nosso olhar para a chamada “depressão” poderemos ter uma oportunidade de crescimento e, mais uma vez, a chance de experimentarmos a satisfação de vencermos uma batalha.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Email: marcia@maximizandoresultados.com.br
09/07/2010

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