23 dezembro 2010

NECESSIDADES OU POSSIBILIDADES


Costumamos afirmar termos a necessidade de fazer algo ou de alcançar determinado objetivo. Temos metas a atingir e nos dirigimos ao resultado com todas as nossas forças. Porém, algumas questões podem ser feitas: de onde veio essa necessidade? Será que as nossas necessidades foram pensadas por nós, ou simplesmente nos deixamos levar pelas sugestões e solicitações externas, ou seja, pelas relações que temos com o mundo e com os outros?
Não é raro nos envolvermos em determinado projeto de vida e não atentarmos ao modo como chegamos a ele. Não pensamos de modo a refletir nos reais motivos os quais nos levaram a determinada decisão. Nos habituamos ao modo como vivemos, às decisões sem atentarmos para as particularidades envolvidas nas consequências delas.
Vivemos em uma cultura as quais o fazer é mais importante que o pensar – “De pensar morreu um burro”, frase repetida diversas vezes por nós e na qual, se refletirmos sobre sua “mensagem” podemos concluir que devemos deixar de lado o pensar, pois é tarefa de quem não tem o “privilégio” da inteligência. Podemos e devemos fazer uso da memória que temos e assimilar o maior número de informações possível, mas pensar sobre elas é algo dispensável.
Quando pensamos sobre nossas necessidades observamos, por consequência, as possibilidades que nos cercam. A psicóloga Ana Maria Feijoo afirma que o movimento necessidade-possibilidade é indispensável para que não fiquemos aprisionados naquilo que o social e as normas “mandam”. Então é preciso que pratiquemos o pensar em nossas necessidades e nas possibilidades diversas para que continuemos nos movimentando e, dessa forma, nos desenvolvendo continuamente e nos permitindo mobilidade diante dos fatos e situações.
Se não nos arriscamos a pensar corremos o risco de nos prendermos ao necessário estabelecido externamente a nós. Isto é, se não analisarmos quem somos e o que queremos não temos como sermos senhores de nossas escolhas. E assim, nossas necessidades não possuem solidez, mas fragilidade diante da ilusão de uma necessidade que pode não pertencer à nossa realidade.
Ao colocarmos em prática a nossa possibilidade de cuidar de nós e de nossas escolhas, assumimos uma postura de confiança nos resultados que somos capazes de atingir. Com isso permitimos que nosso rol de possibilidades torne-se cada vez mais amplo e nossas decisões mais prazerosas.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Email: marcia@maximizandoresultados.com.br
27/08/2010

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