23 dezembro 2010

PROFISSÃO


Em toda sociedade o indivíduo é valorizado pelo sucesso profissional que obtém. Portanto, a escolha da profissão adequada torna-se um objetivo primoroso. E no nosso país isso é exigido do jovem em idade em torno de dezesseis anos.
Nesse período o jovem ainda encontra-se em transição física e emocional, buscando seu lugar na família, no círculo de amigos. Então, a escolha da profissão emerge como algo mais importante que qualquer outra questão que esse jovem possa ter. E ele se depara diante de uma decisão que pode significar tudo do melhor para ele... ou não.
Como ajudar um jovem nessas condições? O que se pode fazer para permitir que ele possa refletir sobre si próprio, isto é, sobre quem ele é e o que quer fazer? O teste vocacional é o auxílio mais procurado e com certeza tem seus méritos, mas será que é o suficiente? Será que todos os jovens que fazem seu teste vocacional ficam totalmente satisfeitos com o resultado?
Quando uma decisão está para ser feita é importante, sempre, uma reflexão que analise prós e contras e, principalmente, as conseqüências que a decisão pode trazer. Pois somos totalmente livres para escolher, porém condenados às suas conseqüências, como afirma o filósofo francês Jean-Paul Sarte. Então, algumas perguntas são fundamentais para a reflexão sobre qual profissão exercer quando inserido na vida adulta.
Algo nem sempre levado em conta é o que se tem prazer em fazer. Não estamos acostumados a pensar nisso, afinal somos educados para produzir o máximo possível e ter sucesso, o prazer poucas vezes tem lugar de destaque quando pensamos em trabalho. Mas se uma atividade que poderá ocupar mais de um terço do tempo de nosso dia-a-dia não nos proporcionar prazer, seremos capazes de exercê-la de maneira satisfatória? E se conseguirmos, por quanto tempo isso será possível até nos cansarmos ou desistirmos e nos tornarmos pessoas entristecidas sem compreender muito bem o por quê?
Talvez, o mais importante para um jovem que se encontre num momento de decisão tão difícil, seja ao menos contar com a compreensão de quem o cerca. Para permitir que ele tenha em mente que alguns caminhos são passíveis de mudança ou até mesmo de retorno. E que o mais importante ao se decidir por qual profissão optar é acima de tudo sentir-se satisfeito em exercê-la. Ou seja, que a atividade profissional possa proporcionar satisfação não somente no âmbito monetário, mas também, e principalmente, no âmbito pessoal. E um dos modos mais importantes para descobrir o que nos dá prazer é nos conhecermos.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Email: marcia@maximizandoresultados.com.br
02/07/2010

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